JOSELITO E O MAR

Com um filho em cada mão a mãe desce do ônibus, que vindo do interior estaciona na beira da praia. Joselito extasia-se ao ver o mar, que até então só conhecia em revistas, e grita: "Mãe que rio tão grande!!"

As crianças correm na areia, desfrutando de um mundo novo, muito maior que a praia pequena e branca que emoldurando o rio Portela, com suas aguas cristalinas e pedras arredondadas, atravessa a pequena cidade de Nova Palmeira.

Os olhos de Joselito se perdem na imensidão sem fim da colcha azul/verde do oceano. Tenta buscar a outra margem. Não a vê e desiste. Passa a observar as ondas, que no seu vai e vem, parecem querer falar. Mas o menino não se aproxima, com medo de ser levado, ser tragado para as profundezas marítimas, onde em sonhos, vê navios abandonados com lembranças de piratas, mas que sabe também da existência de muitas, muitas variedades de peixes coloridos.

O tempo vai passando enquanto as ondas vão bordando a areia com um desenho branco. Coberta de espuma a praia gaúcha recebe o Oceano Atlântico.

O menino sonha a beira mar e é possuído por uma mistura de sentimentos, de admiração face a grandeza do que vê, e de respeito pelo Criador de tanta beleza.

Absorto e perplexo, o menino sonolento, houve ao longe o chamado da mãe: "Joselito o ônibus vai partir"!!!!!

CEIÇA
Enviado por CEIÇA em 03/09/2014
Reeditado em 03/09/2014
Código do texto: T4948253
Classificação de conteúdo: seguro