Deriva

Grande dia, grande sonho, grande luz que adentra no nosso cárcere. Na volta ao que se diz sou eu quem retorna, temos o confronto com as boas novas de uma luta que não cessa, a certeza que nos consome, a energia que nos transforma, a diferença que nos cativa.

A vida em sonho é uma realidade que grita pela soberania de estarmos atados a momentos de completa gratidão ao devaneio de nossos mares.

O que se faz, o que se fez, o que se promoveu pela jornada em oceanos de completa turbulência é o acaso de uma deriva pelo saber mais, pelo querer o melhor, pelo realizar de promessas que se traduzem em objetivos.

Somos esta energia que não se cansa de planejar, de velejar por entre dunas de prazer. Somos o canto que apodera do vácuo de nossa razão, realizamos em nós a busca, o encontro e a realização.

O real que nos “pira” é o enlaçar de nossa realidade pela vida que é a legítima tutora de nossa celebração ao total de nós. O que é o desejo? O que seriam nossas indagações? O que foi a nossa razão?

A realidade é simples quando se afirma a conquista como ideal involuntário, é básico, é definitivo pensar a nossa histérica expressão de um bem querer.

Na batalha está lançada o germinar do talvez, no confronto estão os objetivos a serem promovidos, na esperança, a razão de nunca desistirmos de uma vida, de um karma, de uma paixão, de um desejo ascendente que nunca perece, de um delírio que nos completa pela certeza de que a ausência de razão é o remédio para a satisfação.

Voltamos deste longo e completo momento, os olhos, ardendo pela radiação das indagações, direcionam-se para o jantar celestial. Estamos completos novamente, nossa escolha é o nosso prazer, nosso sonho é uma realidade que grita por se promover nesta nova etapa, nossa vontade, saciada, traduz em nosso cárcere a satisfação entorpecente de ser, estar e se encontrar no lugar correto, o sonho realizado, o controle reabilitado e a expressão promovida à felicidade plena.