Âmago

Sonhos e perfeição, desejo pertinente que a posse é a alma que se expande rumo a celebração do banquete regado à felicidade. O que fazer, o que sentir? O hoje e o ontem são os irmãos da eternidade, a leveza de um ser cuja destreza é a suplica pelo querer mais e mais.

O caminho, talvez a árdua jornada se cumpre a cada dia. Nesta salada de virtudes fantásticas, sejamos a beleza, sejamos a sabedoria do encontro definitivo, sejamos a força de um sorriso que na sua involuntariedade se diz sincero.

Onde estão as propostas se não nos momentos de agora, onde estão os desejos calados sem o grito da vontade, onde está a força sem nossa entrega. Somos a luta de gladiadores de uma época remota: a bravura, a audácia, a sobrevivência e o aclamar.

Nestas e naquelas trilhas, nestes e naqueles momentos de puro pensar, na certeza e no encontro. Este caminhar grandioso é traduzido pela nossa vontade de se achar, olhar para trás e falar que adiante é a realidade que nos cabe. Quem sabe o porque, quem olhou suas vestes e se sentiu nu pelo conforto de não mais precisar delas? Quem sorriu para o espelho e não se sentiu confortado?

Ó jornada mágica que nos faz sentir os aromas que nas entranhas de nossa alma nos possuirão para sempre no intuito de uma recordação eterna. Um abraço, um jeito meigo de se fazer para o universo e através dele conspirar a favor do total, do desejo incontido que nos devora, da alma que agora sabemos que tem vida própria, do olhar, do pensar e do sonhar.

Quero o saber, desejar o todo de um tudo que é só prazer. Quero o sabor, degustar a vontade de um corpo em total equilíbrio. Quero o destino alcançado em passos há tanto tempo explorados, traços que vão e vêm em nossos devaneios, a procura que cesse pelo achar, a bebida que realmente sacie, o amor que nos extasie de verdade.

A vida real! O sonho vivido, a vida sonhada, a musa aclamada e a tela cuja moldura nos fascina. Pintemos então as cores de um arco-íris mágico; somos a vida de um qualquer que quer, somos o amor que o amor tanto ama. Olhemos para trás e busquemos o que está por vir. A vida é o agora que grita, o sonho é o olhar que nos conforte, o gosto é o saboroso mel há tanto almejado.

Este é o encontro, vidas traduzidas em prazeres extremos, afinidades que nos espantem como uma música que nos trás lembranças confortantes, o conversar dantesco cuja vidência é inevitável, o olhar revelador, o calar assustador, o tocar perfeito e a virtude posta em patamares nunca alcançados: aonde chegamos se não na certeza de um conforto completo, somos o agora que vive, que sonha, que ama e se espanta.

Agora sim ouvimos a música de nossas vidas, de nossos anseios, dos sorrisos que vão e voltam como um “bumerangue mágico”. O desejo está aí, a pretensão é apenas manter o que se diz e sonhar o que se faz.

Rumemos então ao “é isto”, pois o “é aquilo”, já fez muita parte de nossos momentos. Roguemos aos céus e no vermelho de olhos famintos, a sedução nos acomode como a melhor refeição: a satisfação, a sintonia e a alegria.

Flyinghard
Enviado por Flyinghard em 09/09/2014
Código do texto: T4955008
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