E aí, ser humano, para onde é que você acha que está indo?

A pergunta que não quer calar é: Já não estamos todos cegos? Já não é corriqueiro? Já não banalizamos o quando podíamos a vida humana? Já desejamos a morte de outro candidato, porque o que ficou não é o nosso? O ser humano leva coisas efêmeras por natureza, como sendo algo eterno e de suma importância. Busquem nos livros de história, vejam quantos reinos infinitamente maiores, mais ricos e poderosos findaram-se. Quantas mentes brilhantes, bandidos, ditadores sanguinárias e ,simplesmente não passam de lembrança. Venderam para o gênero humano a ideia de que uma estimativa de vida de 70, 80 anos (felizes os que lá chegam bem) é realmente algo. Somos um grão de areia na história. Somos fumaça que aparece e logo se desfaz, todavia, talvez por conta da indústria da propaganda, e algumas de entretenimento, pomo-nos sempre como sendo mais importantes do que o outro por algum motivo. É mais que o próximo quem tem um tênis melhor, vale mais quem consegue adquirir tal produto da moda, é mais quem mora em um bairro melhor, quem TAM uma aparência igual a da mocinha da novela das oito (que quase nunca é igual ao padrão, considerado, natural e normal, é mais importante quem tem a calça marca X, ou a camisa marca Y. De repente como ter poder passou a ser nosso fundamento; como o “TER”, há anos, passou a ser mais importante do que o “SER”, cada um vai dando seu jeito de “TER” alguma coisa. De repente, vale mais, é mais poderoso quem porta uma arma, só consegue alguma coisa, e portanto só é alguma coisa, quem pode ter o que (supostamente)tem o MC guimê, ou o cara do comercial. Triste. E o que anteriormente foi uma pequena bola de neve, hoje nos engoliu e bem aventurado quem consegue , mais ou menos, se livrar disso. O gênero humano a cada dia julga-se mais autossuficiente. Hoje ser ateu é moda, agnóstico: inteligente, Família: relativo, honestidade é algo em desuso, simplicidade, humildade e modéstia: coisa de gente fraca, e etc.. Poderíamos ficar o dia todo vendo como realmente as coisas mudaram. Pena que para bem pior. Banalizaram a vida humana, mas tudo bem temos Ipod, Ipad, e instagram. Nada contra, desde que estes sejam apenas, e tão somente, acessórios. Mas enquanto isso não acontece seguimos nossa marcha fúnebre para mais fundo neste poço. Para onde é que estamos indo, hein?

Matheus Medeiros
Enviado por Matheus Medeiros em 09/09/2014
Reeditado em 10/09/2014
Código do texto: T4955539
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