Curiosa Verdade

Ao cair da noite em trevas encontramos soluções para as luzes que se compadecem de nossas almas. O que fazer, o que sentir, o que querer quando o que se quer é o procurar de soluções inimagináveis. O que pensar, qual é a solução que nos damos ao encontro de nosso fantástico mundo de pensamentos com o sonho que de tão grandioso nos apavora.

São desejos, delírios, situações de uma conquista que dentro de nosso platônico bem querer nos enche de entusiasmo. São razões, talvez imperfeições, vontades caladas, glorificadas pela perfeita incompreensão de nosso astral regado de devaneios fantásticos.

Quem somos quando calamos? Quem seriam e o que seremos sem atitudes que realcem objetivos majestosos? Somos a carne que putrefaz, ou o casco que se renova a cada estação? Somos a luz que irradia a afoita colheita pelos campos de nossa fantástica jornada pelas ruas de nossa vida. O glamour de um perfume que deixa marcas por onde seu rastro se camufla em sentimentos incontroláveis. Somos a ansiedade eterna concretizada na procura incessante de um encaixe neste grande quebra-cabeça.

Ao dia, o acaso de uma noite. Ao sonho, o delírio de um dia. Ao delírio a verdade de subirmos os patamares da escada da sobriedade. Afagos, pensamentos que nos completam, expectativas de vida. Que salada fantástica surge de nossas ocultas vontades; o incontrolável desejo de ser, ter e servir de algo eloqüente e definitivo. Sonhar por ares cada vez mais grandiosos. Viver na ascendência infalível de ser desejado; o eterno sorriso, o toque erótico que nos sucumbe de prazer; o estou aqui e todos me vêem como um algo definitivo.

O passo está dado, o presente escolhido há décadas, o sonho sonhado e a vida vivida. Esperemos então o que está reservado para esta luz que acreditamos ser o objetivo, mas não um mero almejar. Celebremos ao momento que esperamos há várias vidas, cantemos a canção que nem mesmo conhecemos, falemos agora o idioma desconhecido por todos, queiramos o impossível, pois é o mais possível.

O querer é algo realmente majestoso, somos esta ameaça que tanto cativa. Ela clama nas lacunas do nosso ego, e nos fascina porque nos completa e nos torna a mutação constante de nós mesmos: hoje amor, ontem desejo, amanhã a loucura de estarmos totalmente entregues ao nosso objetivo.

As trilhas deste dejeto de virtudes se traduz no porque que ainda não chegamos lá. Somos ou não o que realmente queremos ser? A fada e sua existência dependem apenas da necessidade de a criarmos em nosso mundo. O sonho é o papel que transcrevemos através da nossa rotina diária e o desejo, apenas uma vontade que nos consome.

Nos lancemos então aos ares como seres cheios de vida e de esperança, rasguemos nossas vestes e que nossa nudez traduza tudo o que somos, seremos e algum dia voltaremos a ser. Sejamos deuses da perfeição, magos de poções cheias de atrativos que a cada caldeirão preparado nos faça tornar possível o que pensamos ser impossível.

Sejamos estes, aqueles e os que ainda não chegaram. Sejamos o querer, e que através de um mero gesto o mundo seja o amigo que pensamos estar ausente há muito tempo. Façamos o tempo, que a tradução de nossos sonhos comece agora e que os empecilhos sejam restos descartados de nosso novo astral. Vivemos, pensemos e realizemos as possibilidades de um verão repleto de verdades que só estão caladas porque seus amigos, que nada mais são do que nós, são tímidos.

Ela estará sempre pronta, perfumada e sua sedução explicita em qualquer parcela de sua existência. Batamos à porta, e ingressemos nesta fantástica casa que sempre será nossa anfitriã: a curiosidade.

Flyinghard
Enviado por Flyinghard em 10/09/2014
Código do texto: T4956378
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