Êxtase

Ao grande espetáculo dos sonhos, remetemos aos deuses o prazer da satisfação. Nas entrelinhas dos outros fantásticos pensamos, nas linhas trilhadas por nossa razão fazemos e acreditamos.

Aos corpos de todos e de tudo, saudamos às reais causas de um sanar profundo e gratificante. Temos na jornada a anunciação da descoberta, da curiosidade, da satisfação de sermos decifradores de sensações confortantes.

A viagem está lançada, vivida, repleta de artimanhas que mesmo empilhadas em desejos, nos retrata a situação de uma paisagem fantástica. Subimos ao topo da grande soberania, o lugar onde o todo se faz através do tudo que todos têm. A grande massa que a inércia de sua função é o mistério mais sedutor deste universo declarado, o que irradia ao corpo a vontade, à mente a tentação camuflada em anseios, ao toque a significante batalha do conhecer, a eterna luz que a procura incessante nos fascina: a postura que enlouquece a todos.

Caminhando rumo à descida por vales de eterno esplendor, encontramos a mágica que tanto seduz, a fragrância de uma primavera incessante, viva pelo seu eterno florescimento, fascinante e indescritível pelo que nos remete: a primeira sensação de calafrio, sendo atribuído ao conjunto o que desperta, o que orienta, o que suporta a postura, miscigenando alma e corpo.

Se para olhar, em certos momentos fechamos os olhos, o prazer é realmente a essência de nossa carcaça, é a mais perfeita harmonia entre o cosmos e a lisergia de nós com nossa intimidade, de nós com nossa totalidade alcançada, a experiência gratificante da jornada que começa pela idéia de uma postura onde a alma é nossa tutora proeminente às nossas sensações. Os olhos a morada da “lincisão” cuja escuridão é o mais repleto show de luzes, e a fragrância o sonho de um calafrio que ao toque de uma boca explora o suporte de tudo, do caminho, da razão, do desejo que se condensa e se aprimora com o encontro ao sabor: é a batalha mais fascinante da intimidade, o beijo, a resposta, o saciar.

Retornando ao trajeto de nossos desejos, pelo deserto encontramos as dunas que seduzem os olhos que ao toque de mãos e artimanhas conquistam as projeções de um espetáculo dos sonhos, a lentidão, a soberania e a clemência. O que se almeja é tornar a caminhada o mais prazerosa possível, aqui estamos, nos tornamos e nos elevamos enquanto escravos e ao mesmo tempo senhores.

Ao estado de total glamour somos lançados, ao estrelar de nossos sonhos nos remetemos ao prazer concebido como subsistência, o gozo profetizado e a gratificação pela soberania do prazer, o enlaçar da realidade pelo fantasia, da plenitude pelo devaneio que nos exalta para um estado de total êxtase.

Ao ápice, ao abismo, ao sonho, ao encontro intransponível, à satisfação, ao degustar dos opostos que se atraem na salada íntima. Precisamos, apreciamos, saudamos e nos encontramos nestes mares, sedutores e famintos, exaustivos e revigorantes. Sejamos os magos, sintamos o néctar que penetra em nossas almas quando a paixão caminha lado a lado com o amor. Criemos esta atmosfera onde o sonho, o desejo e a gratificação sempre nos remeta ao quão belo é amar.

Flyinghard
Enviado por Flyinghard em 15/09/2014
Código do texto: T4962488
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