Holocausto Nostálgico

Ao ontem está atribuído o acaso, ao amanhã a jornada pelo completo, pelo essencial, pela grandeza de ser isto ou aquilo num mundo repleto de casualidades. Ser que retorna de oportunidades únicas repleto de artimanhas novas, respostas aos anseios mais longínquos de seus suspiros e afagos: o completar de um ideal, o realizar de uma satisfação plena, o encontro ao real de si enquanto lugar da existência de uma figura única.

Vivemos, olhamos através de nossas vidas, escondemos atrás de nossos sonhos, nos encontramos em outras faces. Realidade que nos enche de orgulho quanto à pretensão vencida, temos agora as novas cores de uma energia que se dissipa irradiando o total de nós mesmos: nossa sedução, nosso amor, nossa força de expressão.

As adições se camuflam em oportunidades de grandeza, batalhas loucas e tentativas de um holocausto nostálgico que emancipa a certeza de nos encontrarmos atados à nossa singularidade. Subtrações, somente as nossas por nós mesmos.

Morremos, sonhamos e acordamos: a real felicidade é a certeza de fazermos parte de nosso próprio universo, que às vezes damos a oportunidade de outras galáxias nos possuírem, nos conquistarem, nos fornecerem um acaso que dignifique nossas vontades.

Algo mais em nossas vontades nos traz ao retorno, ao princípio, ao acaso. Novas vidas, novos sonhos, certeza de um encontro promissor com as veredas de nossa existência: um passeio ao arco-íris de um dia perfeito, um beijo que nos conscientize quanto ao amor de nossas vidas, um afago espontâneo que nos encha de orgulho pelo fato de estarmos possuídos de um prazer sincero.

Somos o agora, a luz que descreve as novas trilhas de uma emancipação nova, de uma alegria que seja nova, ou sincera quanto a qualquer retorno de uma paz jazida, escondida, perdida. Caso de um acaso que de um caso vira um caso de vida ou morte.

Nossas necessidades se fazem valer a pena, nos realçam os contornos da alma, se houvesse um risco incompleto, apagado, que se privilegie o lápis de nossa metamorfose: o reencontro à nossa essência; a potência que nunca queremos que nos abandone, nossa sexualidade, nosso formalismo, o romantismo que nos condena, a recíproca idéia de um eterno procurar, de um eterno viver, de um eterno “ser”.

A jornada está lançada, caminhamos novamente rumo a qualquer encontro à paz, sonhamos novamente com um romance que se diferencie de um fato normal, de uma caldeira sem lenha para esquentar nossas vidas, de uma razão que nunca queremos ter. O caminho, a verdade, a sabedoria, a tranqüilidade de estarmos repletos de uma nova energia, reciclada, evoluída, realmente encontrada num futuro, num passado ou num presente que insistimos em viver.

Voltemos ao toque que toque a alma, voltemos ao diálogo que nos explicite a realidade de vivermos em harmonia com as cores de uma existência, conquistemos as cabeças sem perdemos as mesmas, que a construção de nossos anseios seja prorrogada e a edificação de nossos objetivos alcançados seja eterna.

Flyinghard
Enviado por Flyinghard em 17/09/2014
Código do texto: T4965039
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