Jornada Mágica

Na anunciação de uma viagem à terra desconhecida, os laços de um conforto promissor realçam os estímulos atribuídos às reais intenções da carne. O gosto pelo perfil lisérgico de uma busca em constante mutação, respirando o primor, realçando o calor, sanando a insanidade que temos quando não nos encontramos no mar das virtudes pessoais.

Jornada, escape, o olhar que busca as luzes na imensidão. Ouvir, calar, saber fechar os olhos quando não se quer ver as inevitáveis artimanhas de um jogo célebre de entendimento.

Quem quer caminhar? Vamos correr rumo as veredas de uma justiça cabível aos nossos cascos. Ser para ter, ter para aprimorar o ser e enfim ser tendo o seu ser. Que se teça a teia desta jornada. O emaranhado das loucuras são apenas o adubo de uma frenética paz posterior... Quando se realça os valores de uma vida, pinta-se a aquarela mais perfeita a ser exposta a milhares de espectadores.

Na caminhada, o perfume no dorso de uma sedução promissora, no encontro, o suor provido de um calafrio que bambeia os corações involuntários, na memória, a luz de pequenas realizações. Como é grande a satisfação de poder respirar ares comuns à insanidade adquirida pela terra desconhecida.

Ao encontrar o mapa do tesouro, passos ao sul, caminhando por entre os lagos de uma visão transcendental, e logo após, encontra-se as grutas de um olfato mágico, que se aguça ao sentir o perfume de um alguém. Descemos pelo queixo rumo à maciez de um dorso fantástico, mas antes a energia provida da loucura de um toque oral com seu gosto e perfeição.

Na planície, as dunas de um deserto sensual que promove o êxtase de uma jornada à essência: a busca pela selva encantada, onde a magia transcende o entendimento humano; o encouraçado que promove a batalha dos deuses, a loucura masculina e a certeza de que o universo feminino é realmente o espetáculo de fogos mais ilustre do universo... Maravilhas e loucuras seguindo juntos ao Karma de uma galáxia que nunca pode ser explorada por completo.

Seria a insanidade? Seria esta a jornada? A junção de uma vida ao corpo feminino e vice-versa? Creio que o anseio de laços fantásticos em prol de nossas próprias jornadas realçam as certezas que temos, celebra-se a exatidão de compromissos, ama-se ao vivo.

Onde foi parar a chave de portas que queremos abrir? Onde foi morar a verdade? Respira-se a virtude e a asma consumida destrói a sabedoria. Querer, poder, sanar, aperfeiçoar. O que é mais fantástico e prazeroso é sabermos a verdade de uma vida por nós mesmos, está é a vida real, não existe escapatória para a realidade, voamos pelos céus quando sonhamos, sentindo o chão de volta à vida não é que continuamos sonhando acordados, em prol de uma ou outra razão especial.

Em suma, a jornada é a loucura de sermos o que queremos ser, sem restrições, aspirando as vontades e comunicando ao mundo o prazer de atingir nossas metas. Sem medo, com as incertezas se distanciando e as pedras da muralha de nossa segurança edificando a vida como a magia de um mago em perfeita harmonia com o cosmos. Respirar o melhor ar, beber a melhor bebida, vestir a seda mais rara e saber o real papel de estar aqui, ali e sublimar de alegria por fazer parte de um universo exposto, conhecido e conquistado.