HOMENAGEM À DONA NINA
(show do EUCLIDES MATTOS)




 
 
                              Dia dezoito deste mês, uma noite de quinta feira, eu, o André Luiz, meu queridíssimo primo que é mais que um irmão, o grande amigo Celso Correia de Freitas, DD Presidente da Casa do Poeta Brasileiro de Praia Grande, tivemos o privilégio de estar pessoalmente assistindo e prestigiando um show memorável de um virtuosíssimo violonista, o EUCLYDES MATTOS, no Clube XV, em Santos-SP.
                              Aparentemente até aí tudo normal e nada de diferente. Sim. Seria apenas e simplesmente um show comum de um violonista como tantos outros. Mas não foi tão somente isso que aconteceu nessa apresentação violonística.
                              O Euclydes Mattos é meu conterrâneo caiçara, lá da maior cidade pequena do Brasil, nossa amada São Sebastião, que diuturnamente beija as mais belas praias do Litoral norte paulista. E ele há muitos anos mora em Barcelona-Espanha, portanto está de passagem pelo Brasil e veio nos brindar com o seu talento.
Falar da sua musicalidade e performance é apenas lugar comum.

                              O Quidinho, como carinhosamente o tratávamos lá em São Sebastião já está na estrada musical há muito tempo, me parece com 10 ou mais CDs gravados e viaja com o seu violão pelos quatro cantos do mundo. E por onde passa é sucesso.
                              O público presente naquela noite memorável se embebedou de tantas canções lindas que ele tocou e cantamos juntos. Ao final, como não poderia deixar de ser, a emoção tomou conta de todos e foi até difícil conseguir fotografar com esse ídolo tão querido. Claro, como não sou bobo nem nada, logo dei um jeito de me enfiar na frente das câmeras onde o EUCLYDES estava para sair nas fotos.
                              Porém, para esse poeta escritor e também violonista, as emoções se triplicaram. Intimamente eu chorei, sorri e agradeci a Deus por tanta benevolência para comigo. Lá em Santos encontrei novos amigos e revi pessoas amigas que jamais imaginei que isso um dia ia acontecer. Mas aconteceu.
                              Na platéia, também estavam entre os presentes, como espectadoras, a dona NINA e suas duas filhas a Regina Célia e a Hilma. Sabem quem são elas? Dona Nina é a mãe e a Regina e a Hilma são irmãs do Euclydes Mattos.
                              Novamente eu diria que nada tem demais nisso, um artista ter como assistentes na platéia a sua mãe e suas irmãs. Para os demais sim. Entretanto para esse escrevinhador, ter tido naquela oportunidade o privilégio de cumprimentar a Dona Dina, abraçá-la efusivamente e com ela conversar, depois de mais de cinqüenta anos foi uma emoção muito grande. Nem sei bem como descrever aquele momento.
                              Em mil novecentos e cinquenta e três, quanto eu tinha apenas oito anos de idade comecei a estudar lá em São Sebastião, no Grupo Escolar Henrique Botelho e a dona NINA, essa mulher extraordinária, hoje com mais de oito décadas de vida, era a minha primeira professora. Naquele abençoado e maravilhoso instituto de ensino com a Dona Nina eu aprendi o B-A-BA e iniciei a vida social para graças a Deus ser um cidadão como sou atualmente.

                               Meus amigos leitores me perdoem falar assim por força de tanta emoção. Aalvez muitos de vocês nunca mais tenham vistos os seus mestres queridos por isso não possam entender essa minha modesta crônica carinhosa em homenagem à dona Nina. Eu sempre emotivo lembro com saudade de todos os meus professores desde o grupo escolar até a universidade.
                               Mas devo ainda ressaltar que além desse encontro maravilhoso, registrado com muito carinho e alegria, reencontrei também no mesmo espaço outro amigo de infância e de classe no mesmo grupo escolar. Falo de Benedito Eloi de Freitas, companheiro inseparável nos tempos escolares. Ele também faz parte de um Coral em Santos, especializado em Canto Gregoriano. Com o Benedito Eloi eu sempre falo virtualmente nas redes sociais, mais fisicamente o vi naquela noite após quarenta e oito anos, ou seja: desde que vim para a Grande São Paulo tentar a sorte profissional.
                              Por fim devo agradecer de coração à Maria Ângela de Oliveira Britto uma grande e simpaticíssima mulher, amiga do Euclydes Mattos, que também agora se tornou uma nova amiga e que nos recebeu com muita deferência e atenção.
                              Quanto ao Euclydes Mattos, ou como queiram chamar, meu amigo Quidinho eu só tenho a desejar que Deus na Sua Infinita Bondade o abençoe e proteja sempre, mantendo-o com todo esse talento, humildade e bondade, atributos dos grandes.