Conquista

Buscar por algo eloqüente é sanar as mais remotas impossibilidades. Nos deflagramos quase na totalidade dos trajetos na premissa de uma jornada vital, seja ela a eleição sentimental, seja ela a casualidade de situações em que nos envolvemos, seja na vida, seja no pretexto do agir, seja no amar, no viver e na difícil arte de sermos involuntários quanto à incerteza.

Na jornada dos encontros e desencontros somos vítimas de nós mesmos, pois a verdade é uma “tarefa” de difícil aceitação. Quanto ao choro planejado, somos vulcões radiando calor, mais um calor que consome os próprios deuses da criação: vivemos, nos entusiasmamos e no fim estamos repletos de incertezas quanto ao querer, ao fazer e ao agir.

Querer viver é buscar apenas a satisfação pessoal? Creio que os sorrisos atribuídos ao prazer de viver é controlar não apenas as emoções pessoais, mas contribuir pelo ministrar, pelo valorizar e se perder pelo controle que pensamos ter e não temos. Então o que é justo? Encontrar mentes e adereços onde a tinta na tela jaz na primeira pincelada ou cauterizar chagas em prol da eternidade de uma necessidade mútua? Quem sabe o seu devido papel no jogo da vida é bastante cauteloso quanto ao agir.

Quanto à frenética aceitação da verdade o que é aceitável? O que nos revigora? O que nos completa em toda essa realidade que urge de raiva quanto à incerteza que todos assumem ter? O vazio paira sobre as virtudes de tudo o que se atrai, de tudo o que se auto condena, de tudo que não se baseia na solidez social. O que é verdade para a felicidade traz tristeza na autocrítica, uma obra de arte da autoflagelação, do se conservar para se manter, do conquistar para se promover, do alcançar para então numa doce ilusão ponderar sobre o que havia para ser feito e o agora, longe da verdade externa, perto da virtude retórica individual e ocasional.

O que é um espelho sem a mente por traz da virtude? Paixão, narcisismo ou uma simplicidade tímida quanto às nossas próprias feições. Temos tudo no livro da vida...Buscamos...Às vezes encontramos...No encontro, perguntas ao ego protetor nos causa desistências sanando à própria imagem de um deus: Lindo, compreensivo e definitivo...Por quê? Para repararmos erros que nem mesmo foram cometidos, talvez a injeção de adrenalina quando estamos com medo, sinceramente, quão grande é a castração da verdade pela mentira ilusória que preferimos ter.

A anunciação ética de uma vida social hoje é impossível quando se trata de limitações: o homem mesmo sem se sujeitar é escravo de sentimentos hereditários. O “bumerangue da explosão”, o problema sem solução, a dor, a felicidade e a virtude em constante mutação. Quando temos o vinho, temos o calor da sedução. Quando temos o corpo, temos satisfação. Quanto à mente, solidificamos a realização em etapas de um presente dado a cada dia com satisfação pelo que chamamos de “o lugar em que todos querem estar”.

Em todas as situações que buscamos a verdade, nos deparamos com caminhos bastante singulares; um o mito da sinceridade mútua e da entrega absoluta e o outro, a incerteza do cotidiano; o social. Quais são as causas? Quais são as conseqüências de uma vida regada à loucura de ser inconstante? Risos, choro, compromisso, sonho, desejo, virtude, entrega e satisfação. Quem sabe a verdade do agora, do ontem, do futuro, do sucesso. O presente é dado por nós mesmos a qualquer momento da vida, o sujeito sempre foi a ação, nós mudamos o mundo e não o contrário.

Quero viver, quero amar, quero me encontrar em braços de total aceitação. Quero compor, quero celebrar ao sucesso que está por vir. Quero sentir, me sentir sentindo o amor, a esperança, a paz. Quando morrer, lembranças do que permaneceu inalterado no seu percurso durante décadas de satisfação, ou insatisfação.

Na jornada da loucura, buscamos o aprendizado que poucos têm, nos demos a chance de se conhecer em prol de uma felicidade almejada, concretizamos em sonhos, os nossos próprios sonhos de uma realidade sonhada, preparada, encantada...Para a vida, o preenchimento da alma, situações eternizadas pelo presente do “conhecer”, do aceitar e nunca o do partir. Vivamos, assumamos os nossos verdadeiros ideais, pois a vida e os momentos dela não fazem parte de uma reprise, as escolhas, e a satisfação pela existência são porcentagens mínimas da verdadeira felicidade.

Os sonhos são momentos pessoais transcritos pela memória de pessoas realmente especiais, palavras são gestos que tocam o corpo à milhas de distância e o desejo é eternizar a esperança por uma qualidade, por uma “roda intelectual”, por uma rosa de virtudes, no caule espinhos de uma jornada árdua, na cúpula o frescor de um perfume penetrante, o alcançar do objetivo.

Flyinghard
Enviado por Flyinghard em 23/09/2014
Código do texto: T4973326
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