FÉTIDOS ODORES DOS PÂNTANOS

Quem nasceu e cresceu em uma família temente a Deus, certamente conhece o que a bíblia fala a respeito da criação do mundo e, mesmo que depreenda que a Eva original tinha apenas um palmo de tamanho (não é isso, mais ou menos, o que mede uma costela?), vai morrer dizendo que nem nunca pensou sobre tal coisa, pois desconfia que esse pensamento pode jogá-lo no fogo do inferno.

Alguns anos depois, quando vamos para a escola somos apresentados à teoria do evolucionismo, postulada por Charles Robert Darwin, em 1859, em sua obra conhecida como: “A Origem das Espécies.” De acordo com essa teoria todos os seres vivos são originários de uma “sopa primordial”, existente na superfície terrestre há bilhões de anos. Dessa forma, os nossos primeiros antepassados seriam moléculas agrupadinhas, que foram se adaptando ao meio, e, consequentemente, adquirindo novos formatos. Contudo, as espécies que descendem acabam herdando as estruturas dos antepassados, pois elas passaram pelo "teste" da seleção natural.

Sei que o tema é polêmico, pois não faltam os exaltados que, no clamor das discussões, exigem fotos e filmes mostrando a evolução das espécies desde a data de nascimento do nosso planeta, e nem aqueles que também os querem com os registros do dia em que Deus criou o mundo. Contudo, em meu entender, muito mais importante do que assumir crenças ou opiniões é refletir sobre elas, considerando em que determinados conhecimentos podem nos ser úteis.

Se Darwin estiver certo, faz sentido a Teoria do Cérebro Trino proposta em 1990 pelo neurocientista americano, Paul D. MacLean. Segundo esse cientista, ao longo de sua evolução, “o cérebro humano adquiriu três componentes, que foram surgindo e se superpondo, um sobre os outros”. Ao mais antigo ele chamou de “Arquipálio”/Complexo- R/Cérebro Reptiliano e disse que o mesmo se situa embaixo, na parte infero-posterior; ao seguinte ele denominou de “Paleopálio” (dos velhos mamíferos) e disse que fica localizado em uma posição intermediária. Ao que fica bem por cima dos demais, MacLean utiliza três nomes para o denominar: “Neopálio” (dos novos mamíferos: nós!!),“Cérebro Superior”, e “Racional”.

Fiquei surpresa com estas informações e com a ideia de superposição das partes de um cérebro, pois presumo que, por algum motivo, pode haver pessoas que têm mais características de um determinado tipo que do outro.

Investigando sobre isso, descobri que o Cérebro Reptiliano é o centro de agressão e sobrevivência de nossa existência. Que as emoções básicas que nos governam como o amor, o ódio, o medo, a luxúria e a satisfação imediata emanam deste primeiro estágio do cérebro. Que ele não aprende com seus erros, não tem capacidade de sentir e nem de pensar, e que quando ativado, tem total prioridade sobre os outros dois cérebros. Em síntese: seu dono é frio, rígido, territorial, agressivo, hierárquico, escravizador, obsessivo, autoritário, ritualista e paranoico.

Se isso for verdadeiro, teremos encontrado a causa de esse mundo ter tanta gente ruim: ao virarem mamíferos, alguns répteis só perderam as carapaças ou escamas, mas o miolo continua igual. Isso pode ser muito perigoso, pois, infelizmente, a maior parte deles morde e seus venenos podem matar ou aleijar.

Em razão disso, convém que aprendamos a identificá-los e nem adianta examinar suas pupilas, pois elas não são mais verticais. Para descobrirmos quem tem alma de tartaruga, cágado, jabuti, cobra, serpente, víbora, lagarto, jacaré ou crocodilo, precisamos de nos informar sobre suas características e comportamentos. Vejamos:

01. O nome réptil vem do latim reptare, que significa rastejar. Então, os puxa-sacos bem que podem ter cérebros reptilianos.

02. Muitas serpentes e lagartos costumam abrir largamente a boca para ameaçar quem eles julgam ser seus predadores. Fiquemos espertos com os estúpidos e fanfarrões!!

03. Muitos utilizam os recursos da camuflagem de seu habitat e ficam, disfarçados, só esperando as presas para devorá-las. Não nos descuidemos dos sonsos, que se fingem de mortos para entrarem nos rabos dos vivos.

04. Durante a corte o macho manifesta rituais para atrair a fêmea e induzi-la a ficar bem passiva para que o acasalamento aconteça. Outros assumem comportamento de agarrar a fêmea na marra ou de nela bater. Cuidado com o povo que “só pensa naquilo”!

Bem, encontramos quatro características importantes e elas devem servir não apenas para nós identificarmos rapidamente quem são os reptilianos e deles nos afastarmos, mas, sobretudo para nós observamos melhor nossas reações e extirparmos todas que tenham fétidos odores dos pântanos.

NORMA ASTRÉA
Enviado por NORMA ASTRÉA em 28/09/2014
Reeditado em 17/09/2019
Código do texto: T4979756
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