Sem Fôlego

A caldeira da locomotiva aspirou emoções bastante convincentes, fazendo toda a sua energia se vangloriar na parada em uma estação anterior ao objetivo. Se a velocidade é benéfica ao preenchimento do trono por pessoas fissuradas em sanatórios de emoções, almejar um futuro onde o palácio dos “exilados” é comandado por uma dupla de personagens com “afinidades cromáticas”, é viver a chama de uma virtude que não se abafa com situações de risco, apenas se completa com soluções firmadas nos tempos em que o tempo para de passar, e prevê a “verdade” descrita por uma vidente; o tudo certo, o nada incerto, o azul e o vermelho que irradiam e proverão o calor de nossas vidas.

Quão grande é o peso de um passo quando a “ferida” não foi causada, mais prevista por um planejamento. A indicação de um “sarcoma” é remediada por uma palavra de conforto, numa linguagem única, autêntica e cuja compreensão é combustível para toda aquela paixão ardente prosseguir num fluxo de amores, onde as cores de uma “certa história”, se misturam e compõem a paisagem da mais importante obra de arte; a vida de loucuras, onde a expressão é o ato mais sincero e revelador; é a ausência de iniqüidades e a presença dos lábios carnudos, que em toda a sua sensualidade é doce em seus afagos, saboroso pelo deleite da alma, gratificante pela sua memória e sedutor quando temos um retorno ao passado direto “daquele” futuro promissor.

A jornada é o prazer do entusiasmo; é uma foto que por motivo inesperado muda as sensações de uma rotina; é a promessa de um voto de confiança. A alma caminha por entre colméias do melhor néctar colhido, a essência da vida onde elegemos trabalhadores fortes para que se tenha o melhor mel, a melhor vida, a total felicidade.

A sociedade já está composta. Às suas margens, muralhas que nos dão segurança, no seu interior o sentimento que leva a paz ao resto da cidade, sempre se preparando para uma guerra que não existe: o tempo é a alma de pessoas, onde a felicidade é o sentimento mais puro e promissor.