Voltamos a dormir.

Ás vezes é difícil ser uma pessoa com a mente aberta, ter a sensibilidade de perceber coisas tão óbvias e ao mesmo tempo tão complicadas. Certa vez escrevi que sentia orgulho do povo por fazer valer a nossa voz, e mostrar que realmente somos capazes de mudar o rumo da história, mas de um dia para o outro, vi que tudo não passava de ilusão. Será que eu me precipitei? Ou foi tudo parte de uma sombria estratégia?

Aqueles que me conhecem bem sabem que eu sou apolítica, não confio em político e não dou meu voto de confiança. Em minha opinião, votar não deveria ser obrigatório aqui no Brasil, mas fazer o quê. E antes que os patriotas, esquerdistas, socialistas, e afins venham com o blá blá blá que eu sou uma vergonha, que esse não pode ser o futuro do País, que sou uma aberração, e outros adjetivos não tão construtivos, deixe-me defender os meus pensamentos.

Segundo a Lei dos homens, somos livres para poder expor qualquer tipo de pensamento desde que seja exposta a identidade do indivíduo. Certo? Pois bem, eis-me, uma cidadã de bem que está expressando o que pensa de maneira construtiva. Eu penso da seguinte maneira, se eu sei que a erva daninha que está no meu jardim arruinará com todo o resto, porque eu a deixaria ali, danificando uma coisa que batalhei para deixar bonito? É meu trabalho retirá-la de lá para que todo o jardim consiga evoluir, certo? Se eu estou vendo que um líder não está fazendo com que o seu povo não progrida, porque deixá-lo ali, no poder?

Não quero tomar partido de nenhum político, não estou do lado de ninguém, e, por favor, pessoas que defendem seus candidatos, não tomem isso como insulto, pois assim como vocês têm o direito de defendê-los, eu tenho o direito de apontar o que não está certo. Entendam uma coisa, agora está tudo bem, todos são confiáveis, se importam com as pessoas, mas e depois? Eu acredito do fundo do meu coração, que alguns (uma minoria) são realmente sinceros, mas depois que entram são corrompidos, comprados. Na minha concepção, existe um poder maior que ‘usa’ os candidatos como fantoche para seu próprio benefício. É sombrio e surreal, eu sei, mas não impossível.

Confesso que estou frustrada, pois o poder que supostamente mostramos ter, se perdeu. Aquele orgulho se transformou em vergonha. Tantos ideais jogados no lixo, é uma pena que termine desse jeito, estou com receio do que possa acontecer mais pra frente, que rumo isso irá tomar... Agora, é esperar pra ver onde essa história vai dar. E o que nos resta, como diz a canção: Vamos celebrar a estupidez humana, a estupidez de todas as nações...

Manu Nascimento
Enviado por Manu Nascimento em 06/10/2014
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