O Arco-Íris
Quando eu era criança me disseram que no fim do arco-íris havia um pote de ouro. Pensei logo: "Nossa" vou ser "dona" de um tesouro. Nos anos que sobravam da meninice, armada de um estilingue, tornei-me um intrépida caçadora de arco-íris; mas por mais que tentasse não conseguia alcançá-los. Passou se o tempo e fui tomada pela sensatez, característica que é erroneamente valorizada, pois que é na verdade pouco mais que mera matadora de sonhos. Entretanto havia algo que eu não sabia. Podemos não conseguir alcançar o arco-íris, mas, às vezes, por uma Graça, ele vem até nós.
Um dia o arco-íris passou por minha casa. Trouxe consigo, brincando de "escorregador", um anjo aprendiz, disfarçado de criança especial, um tesouro com o qual não sonhara. Essa criança-anjo povoou minha casa de sorrisos mágicos, capazes de curar dores da alma, e, desde então, eu e minha família temos vivido como disse um poeta (do qual não me recordo): "A vida não é para ser contada pelo número de respirações, mas pelo número de vezes que perdemos o fôlego".
Thauane Martins Lima
Dedicado à minha mãe Roziane Pereira Nunes Lima, e minha irmã Sinthia Nunes, que é especial e é um grande amor da minha vida.