E VOCÊ, O QUE FAZ COM O ITEM EM DESUSO?

Durante toda a nossa vida temos necessidades sucessivas de aquisição e disposição de bens de todos os gêneros.

Necessitamos de novas roupas, novos calçados, novos pares de meias, de material para prática de esportes, lazer e de atividades várias, novas pastas ou mochilas, novos materiais escolares, novos livros, novos utensílios de uso pessoal, novo aparelho celular, novo computador e congêneres, novos mobiliários, nova aparelhagem para o lar, enfim, as nossas necessidades são infindáveis.

Cada pessoa tem costumes diferenciados, quando o assunto é o que fazer com aquele bem, utensílio, vestuário ou qualquer outro item do qual já não se necessita.

Há aqueles que, embora tenham adquirido um substituto para um item considerado obsoleto, inservível ou não aplicável às necessidades atuais, vão amontoando tudo em diversos cantos da casa e nunca se dispõem dele.

Também há os que, antes mesmo de o novo item substituto ser adquirido, já descartam aquele a ser substituído e às vezes se veem em maus lençóis, porque é corriqueiro o produto substituto não atender às necessidades, ou, por qualquer motivo, não se encontra disponível ou em condições de uso.

Os mais prudentes retêm o item a ser substituído até que tenha a comprovação de que o bem substituto atende perfeitamente às expectativas.

Alguns mais cautelosos ainda, embora após comprovar que o novo produto substitui a contento o anterior, guardam este por determinado tempo, até que tenham absoluta segurança em descarta-lo.

É muito interessante, embora natural, a grande variedade de comportamentos das pessoas em relação a um mesmo assunto.

A diversidade é mesmo uma característica marcante de nós humanos e porque não dizê-lo, de toda a natureza.

Acerca dessa questão, qual seja, o que fazer com o bem que foi substituído ou em vias de sê-lo, certo dia ouvi de uma senhora uma fala que a mim soou inusitada. Após reafirmar à filha a necessidade de não se dispor de imediato do bem substituído, ela comentou: “quando a gente troca uma coisa, a gente deve guardar a outra por sete anos”.

Isso a mãe disse à filha como reprimenda, no momento em que o liquidificador novo não estava atendendo às expectativas daquela necessidade de uso. Situação essa, sob o sábio ponto de vista da matriarca, tranquilamente solucionável caso não houvesse sido descartado aparelho antigo, tão logo fora adquirido o novo.

Da minha parte acho sete anos muito, não chegaria a tanto, mas cada qual que haja conforme achar mais adequado ou se sentir mais confortável.

Rafael Arcângelo
Enviado por Rafael Arcângelo em 05/11/2014
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