Vejo um noticiário, mostra um jovem senhor pulando a janela da sua casa, banhada de fogo. Não queria perder o seu patrimônio, entretanto, cometerá um suicídio.
            Os especialistas em comportamento humano, antropólogos, sociólogos e filósofos e outros estudiosos, pregam em comum que mais importante é a vida, pena que a própria vida traduz isto ironicamente em cenas tão desafiadoras quanto existenciais. Parece que se reduz ao pensamento do Platão: - O universo é harmonia dos contrários. Em primeiro lugar somos racionais depois em segundo extremamente adoecidos emocionalmente e culturalmente, a inteligência diz não pule, mas a emoção diz o inverso, tentamos decidir no fim das coisas quando a casa já não resta mais nada, quando as enchentes já levaram quase tudo, quando o fogo devorou tudo, exceto em ambos os casos, só restou você, com diabólica emoção materialista. Por isso há pessoas que pulam abismos, apartamentos e casas incendiadas ou alagadas, por terem temido perderem os bens materiais e esquecidos da própria vida.
            A emoção é tão materialista quanto à inteligência é espiritualista. Ambas se complementam ou se matam. Nietzsche, filósofo alemão disse: - O valor da vida não pode ser avaliado. Sem dúvida, mas quando não estamos em situações atípicas. Uma mãe pula um rio ao ver seu filho se afogar. A mãe não sabia nadar, mesmo assim pulou sem ver, sem pestanejar. Há vários casos dessa mesma natureza. A inteligência cometeu um grande pequeno equívoco, e a emoção foi atrás, como somos materiais e menos espirituais, desejamos morrer ao invés de pensar na perda de um bem material, cuja compra demorou muito, e a vida? Demorou quanto tempo?
Contudo a emoção sem a razão é paralitica e a razão sem a emoção é cega, como disse Einstein, uma das maiores personalidades do século XX, se referindo a ciência e a religião respectivamente. Não importa quem é mais importante, se é a emoção materialista ou a inteligência espiritualista, o mais importante é sermos vivos, ou estarmos vivos, pois tudo que é humano não é alheio a nós.
André Mendes
Enviado por André Mendes em 10/11/2014
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