Ser ou deixar de ser, eis a razão

Todo mundo é um só termo. Gosta ou não gosta, oito ou 80, ama ou odeia. Todos se fazem de interessante para a menina da festa e de desinteressado para a mulher na cama. A lei dos mais fortes, um sempre se encontra em desvantagem e o que sempre buscamos é: Não ser quem vai embora com a interrogação presa na garganta.

Tenho vinte e zero anos e sempre achei que sabia demais. Sobre mulheres, homens, amigos e lugares. Sei de nada, nadinha. Sei nem o que comi ontem no almoço se não for dar uma olhada no lixo. Com o tempo fui percebendo que de um só termo, passei a ser meio termo.

Se está bom, deixa estar. Se está ruim, nada que não possa piorar. Se estou apaixonado e não tenho chances, para quê desespero? Indiretas e suor frio descendo pelo pescoço? Me diga, PARA QUÊ?! A maioria das coisas que falo e penso não tem motivos, e é exatamente por isso que as penso.

Cansei de ter motivos para procurar uma razão. As vezes cansa, não é? Caramba, talvez tô lá querendo que a guria me ache interessante e ela só quer um pouco de calma na vida. Dizer que vou em festas, sou dono da melhor boate e frequento os melhores países por hobbie, e ela só quer um cara que diga para ela dormir cedo que amanhã precisa trabalhar.

Já perdi muitos amores da minha vida por acreditar que eu era o amor da vida delas. Não sou um cara interessante, sou só um cara que se esforça pra ser.

Podem não saber disso, mas sou até legal. Não é porque sorrio só de lado e digo que sexo é a melhor coisa do mundo que eu não tenha sentimentos, mas é que apaixonar fode muito e gozamos pouco. Não da para entender.

Veja bem, não da para ser interessante e apaixonado ao mesmo tempo. Um dos dois a gente tem que escolher. O problema é saber qual realmente a gente é, correndo o risco de, talvez, nunca querer ser.

Luana Costa dos Santos
Enviado por Luana Costa dos Santos em 14/11/2014
Reeditado em 14/11/2014
Código do texto: T5034643
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