Pois é! E a frágil senhora caiu!... EC
Ela entrou no banco quase contando os passinhos lentos. Trêmulos... Não tinha jeito de não ir ao Banco, precisava pagar suas contas sempre novas e atuais. Era o dia de receber seus proventos oriundos de aposentadoria. E ela foi confiante e serena apesar da fragilidade de suas pernas cumprir suas obrigações de mulher cidadã e honesta acima de tudo, honesta. Levava consigo uma bolsa preta, pequena, antiga de alças compridas que ela colocava nos ombros.
Depois que recebeu seu dinheirinho pagou suas contas. Colocou a bola nos ombros e saiu calmamente. Na rua deu alguns passos e antes de chegar à esquina um moleque, um ” dimenor” ,ao mesmo tempo que a empurrava, arrancou-lhe a bolsa do ombro. Ela caiu pediu socorro. O dimenor fugiu.
Ela continuou calma, ainda conseguia sorrir. Perguntaram se ela precisava de ajuda para voltar para casa, que alguém a acompanhasse, dinheiro para condução ela abanava a cabeça negando qualquer ajuda.
“Então quer que chamemos um filho, um parente para lhe acompanhar?” Novamente a negação. Não queria nada. Sorria.
Perguntaram-lhe, então porque sorria, porque não estava abalada.
“Queridos, a gradeço de coração a oferta de vocês, a preocupação, mas estou bem. O “susto”passou!
Todos estranharam o tom que ela deu à palavra susto. “Como assim, “susto”. A senhora não se assustou?”
“Claro! Mas nos dias atuais a gente deve estar prevenido. E eu me preveni e deu certo. Só isso”.
As pessoas se aperceberam que a senhorinha não era assim tão frágil, despediram-se e foram-se.
Ela então chamou um táxi e lá dentro, desabotoou a manga de sua blusa. Tirou de lá, todo o dinheiro que sobrara para pagar a corrida, do saco preso em seu braço. Ainda no banco ela colocou seu dinheiro numa espécie de saquinho de pano com cordinha que puxava e fechava. Prendeu-o no pulso, fechou a blusa e saiu. Dentro da bolsa colocara, em casa ainda, alguns papeis para dar volume e saiu. O “dimenor” levou a bolsa “recheada” de papel.
Gostaria de ver a cara do infeliz. A senhorinha com sua bolsa de mulher o enganou direitinho.
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Bolsa de Mulher
Saiba mais, conheça os outros textos:
http://encantodasletras.50webs.com/bolsademulher.htm
Ela entrou no banco quase contando os passinhos lentos. Trêmulos... Não tinha jeito de não ir ao Banco, precisava pagar suas contas sempre novas e atuais. Era o dia de receber seus proventos oriundos de aposentadoria. E ela foi confiante e serena apesar da fragilidade de suas pernas cumprir suas obrigações de mulher cidadã e honesta acima de tudo, honesta. Levava consigo uma bolsa preta, pequena, antiga de alças compridas que ela colocava nos ombros.
Depois que recebeu seu dinheirinho pagou suas contas. Colocou a bola nos ombros e saiu calmamente. Na rua deu alguns passos e antes de chegar à esquina um moleque, um ” dimenor” ,ao mesmo tempo que a empurrava, arrancou-lhe a bolsa do ombro. Ela caiu pediu socorro. O dimenor fugiu.
Ela continuou calma, ainda conseguia sorrir. Perguntaram se ela precisava de ajuda para voltar para casa, que alguém a acompanhasse, dinheiro para condução ela abanava a cabeça negando qualquer ajuda.
“Então quer que chamemos um filho, um parente para lhe acompanhar?” Novamente a negação. Não queria nada. Sorria.
Perguntaram-lhe, então porque sorria, porque não estava abalada.
“Queridos, a gradeço de coração a oferta de vocês, a preocupação, mas estou bem. O “susto”passou!
Todos estranharam o tom que ela deu à palavra susto. “Como assim, “susto”. A senhora não se assustou?”
“Claro! Mas nos dias atuais a gente deve estar prevenido. E eu me preveni e deu certo. Só isso”.
As pessoas se aperceberam que a senhorinha não era assim tão frágil, despediram-se e foram-se.
Ela então chamou um táxi e lá dentro, desabotoou a manga de sua blusa. Tirou de lá, todo o dinheiro que sobrara para pagar a corrida, do saco preso em seu braço. Ainda no banco ela colocou seu dinheiro numa espécie de saquinho de pano com cordinha que puxava e fechava. Prendeu-o no pulso, fechou a blusa e saiu. Dentro da bolsa colocara, em casa ainda, alguns papeis para dar volume e saiu. O “dimenor” levou a bolsa “recheada” de papel.
Gostaria de ver a cara do infeliz. A senhorinha com sua bolsa de mulher o enganou direitinho.
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Bolsa de Mulher
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