Estamos sempre falando mal da rotina, mas ela estar continuamente a perturbar e organizar, o nosso dia a dia, nos salvando da extinção completa.

     Reflito e me vem um pensamento de autor desconhecido: - “O ser humano é único animal que recusa a ser o que é.” A mesma coisa acontece com a rotina, não a aceitamos, por incrível que pareça, não conseguimos ser amigos da monotonia. Se o caos gera insegurança, a rotina beija a estabilidade, porque estamos fazendo todos os dias a mesma coisa.
     Porém se não há como fugir dela, como a rotina nos salva da extinção? A rotina é uma grande heroína, já nos salvou e continua nos salvando da destruição. Sabe por quê? Porque não fomos adestrados para a oscilação da desordem. No fundo buscamos estabilidade desde que nascemos até o último minuto da nossa vida, procuramos no nosso âmago: - O amor, que em outras palavras representa estabilidade, mesmo que seja teoricamente.
            A rotina é uma grande defensora. Imagina se de repente, tudo o estava composto, ou seja, definido, muda!  E o amanhã não se sabe o que irá acontecer nem dá para planejar, não se tem certeza alguma de nada! É o caos diriam todos.
Embora a única coisa constante e imutável seja a mudança, ela é uma segurança, logo nada muda do nada. A rotina devagar tece a teia de cada nova mudança.
            O horrível é saber que depois de mais de dez anos trabalhando na mesma função, na mesma empresa, você recebe a inimaginável notícia: Será removido para outra filial, em outra cidade, em outro horário, com outro gerente, mudança esta de cunho radical. Aí, não há ninguém no mundo que não sinta falta da rotina: a mãe da estabilidade!
André Mendes
Enviado por André Mendes em 18/11/2014
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