Ser ou não ser gay, eis a questão é dilema do Hamlet do século XXI, esta é uma temática que entrou em ascensão com aprovação da lei de estabilidade em favor dos homossexuais, o que confere os mesmos direitos aos quais já tem os heterossexuais.
            Agora já não se separam mais os homens entre negros e brancos, entre alfabetizados e analfabetos letrados e iletrados, agora se soma a isso a separação entre homens- heterossexuais e homens- homossexuais ou também entre mulher- heterossexual e mulher- homossexual, como se a homossexualidade já não existisse.
            Metade do mundo ou é gay ou já tiveram ou tem experiência homossexual, sobretudo na adolescência, onde o desejo é matéria quase viva e concreta. A questão homossexualidade acompanha o ser humano desde as primeiras organizações humanas, onde sexo era visto como só uma necessidade de mera procriação.
            O que me da náusea é o sensacionalismo absurdo que se faz em torno do homossexual. Ele (a) às vezes é tratado como um erro genético, comentário do tipo “ele ou ela tem uma ótima formação acadêmica, mas é homossexual” entre outros mais irônicos como “ nossa ele (a) é homossexual, nem parece”! Como se ser homossexual fosse crime, defeito de caráter ou coisa assim! Para muitos, entretanto é defeito, é doença, é crime, é ofensa!
          As pessoas tem o maldito vício de julgamento pelo que as pessoas aparentam ser, como se isso fosse de fato que elas são de verdade, ninguém é incompetente ou débil mental por ser gay. Nós temos a mania desumana de jogar os nossos lixos “emocionais” no outro, com isso bandido branco vale mais do que um negro, se por acaso estivermos sendo seguidos, e se este suspeito for negro, já o declaramos sem dúvida, um bandido ou assaltante! Isto é só pelo simples pigmento da sua pele, o faz bandido ou assaltante, por outro lado também associamos os homossexuais como portadores de AIDS, como prolixos ou compulsivos sexuais e escandalosos afeminados que querem ser mulher e a mulher que quer ser homem, anda como homem, tem músculos e agem como homem, da mesma forma, agrupamos também os homossexuais homens às profissões como cabeleireiro, estilistas, maquiadores e dançarinos, sobretudo de bale. O que para alguns um boa “transa-drive” dará um jeito definitivamente, e somando a isso a idéia de que os homossexuais, em especial as mulheres são mal amadas, por isso optaram por serem assim. Ainda bem que para alguns uma boa transa resolve, o que seria um afirmação do machismo estúpido, mas por lado nos séculos anteriores os homossexuais seriam mortos ou internados para “intoxicação” concedida muitas vezes pelos familiares. No entanto, ainda se mata e matam os homossexuais, mais ainda os transexuais e travestis, talvez para matar os “homossexuais” dentro desses bárbaros animais.
            Não sei se todo homossexual homem tem que rebolar e falar fino ou toda mulher homossexual tem que ser musculosa e masculina, não uma fisiculturista, a mulher se veste como homem e trabalha como homem, também não se fomos nós que criamos estes “rótulos” em torno dos homossexuais, só sei que os homossexuais são seres humanos assim como os judeus, índios, negros, mendigos e africanos aidéticos. Ser gay ou não ser, eis a questão, não interessa a sua opção sexual, ou cor ou credo, ainda que avançamos nos direitos humanos, falta a emancipação do ser humano como ser humano, eu nunca vi guerra de homossexuais, os bárbaros-homens que matam, que se matam  e o pior por nada! Somos seres humanos e isto é incontestável.
André Mendes
Enviado por André Mendes em 18/11/2014
Reeditado em 18/11/2014
Código do texto: T5040022
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