23, domingo

Bom domingo meus caros 23 fiéis leitores e demais 36 de quando em vez. Repararam que eu faltei novamente na última sexta? Não repararam? Putz, sinceridade é tudo nessa vida!

É que eu estou tão relapso nesse 2014 que vocês já nem ligam mais, né? Resolvi escrever neste domingo, em vez de sexta, pois hoje seria 23 e estou sentindo-me novamente perseguindo pelo nosso número. É uma desculpa, claro, só que, ao contrário da semana passada, agora a desculpa é verdadeira.

Vamos ao texto:

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23

Vocês sabem que 23 é o nosso número, o cálculo matemático exato que expressa a quantidade de meus fiéis leitores. Está tudo explicado na crônica "Carta aberta aos meus 23 leitores", de quando ainda existia o Orkut: 23.12.2011. De lá pra cá, nesses três anos que estou aqui no RL, muitas vezes escrevi crônicas sobre o 23. Hoje achei motivo para fazer mais uma.

Como disse o príncipe da Dinamarca Hamlet na peça de Shakespeare, "Há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia", e cito essa frase porque esse 23 me persegue, ou melhor, parece me perseguir.

Pode ser fixação de minha parte, é bem possível que até seja, coisa de ficar vendo coisas, procurando coincidências, chifres em cabeça de cavalo, leite em pedra, craques no Ibis, coisas do tipo. Pode ser que sim, mas pode ser que não também. Vejamos o caso a seguir...

Fui ao supermercado aqui em Torres, onde estou a curtir uma prévia do verão. Como estava com algumas compras, fui deixá-las no guarda-volumes. A funcionária recolheu minhas coisas e me entregou a ficha 23. Até aí nada de anormal, claro.

Uns dois dias depois vou novamente ao supermercado e a situação se repete: ficha 23! Muita coincidência.

Ao fazer compras, passo na seção de livros e a primeira capa em que ponho os olhos é "23 minutos no inferno", de Bill Wiese. Mesmo incomodado, comprei o livro. Preço? 32, 90. 32, ou seja, 23 invertido. Ainda não o li, mas trata-se do relato de um religioso que teria passado 23 minutos no citado lugar, em missão dada por Deus, e depois voltado para contar como é a todos.

Indo no dia seguinte na rodoviária para adquirir uma passagem para casa, só havia um lugar vago no horário para o qual eu queria: o 23!

A seguir fui tomar café num estabelecimento de temática francesa que tem por aqui. O nome? Monsieur 23.

Chego em Porto Alegre e, como o navio para Charky City só partiria em horas, fui ao cinema olhar um filme. Interestelar o nome dele, uma ficção científica. Em determinada cena, uns astronautas aterrizam num planeta perto de um buraco negro por algumas horas e, ao voltar para a estação, se passaram... 23 anos!

Se eu não estivesse com a mente condicionada talvez nem tivesse percebido essas coisas. Talvez. Assim como devem rolar coincidências com outros números e eu, por não estar focado neles, nem percebo. Ou talvez eu esteja agora justamente racionalizando, a fim de obter uma explicação factível.

Entretanto, o 23, isso é fato, está onipresente, não somente a definir o número de meus 23 fiéis leitores.

Era isso.

Um bom domingo para todos.

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Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.

Mais textos em:

http://charkycity.blogspot.com

(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né. Em 2014 talvez eu dê um jeito nisso... Mas acho que continuarei seguindo o conselho que a Giustina deu num comentário em 23 de outubro de 2013.)

Antônio Bacamarte
Enviado por Antônio Bacamarte em 23/11/2014
Reeditado em 23/11/2014
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