A MORTE

Eu sei que em determinados lugares por onde passei, jamais tornará a ouvir o som dos meus passos outra vez, e até mesmo aquele livro que tenho guardado há tanto tempo, nunca mais voltarei a abri-lo. toda vez que alguém vai embora ou eu saio da casa dela pode ser que estejamos nos vendo pela ultima vez. A morte surda caminha a meu lado o tempo todo esperando o momento certo para me beijar, e esse momento eu não sei quando será. Sinto que cada vez mais esse dia se aproxima e isso me faz pensar quando será. Será que ela vai deixar eu abraçar as pessoas que amo antes de ir embora? Será que poderei conhecer a pessoa que me foi destinada e talvez ainda nem nasceu? Será que terei tempo de escrever meu ultimo poema? A morte é uma certeza que não se tem certeza de quando ela vai chegar. ela poder está nos seguindo e poderá dá o bote final a qualquer hora, por qualquer motivo, seja ela o mais banal, como um simples escorregão em um dia de sol. Ela virá de todo jeito. Só peço a ela que me deixe fazer o que me foi destinado, e ver o que ainda não vi. Me deixe ser feliz ou pelo menos fazer alguém feliz. Por que nesta vida só as coisas boas poderão contar para que na outra vida se tiver e tivermos a sorte de chegarmos lá, é que vai valer a pena. Um mistério que talvez jamais seja desvendado, mais que está presente na vida da humanidade eternamente...

Batista Jurema, 29.11.2014

batista jurema
Enviado por batista jurema em 29/11/2014
Reeditado em 26/08/2015
Código do texto: T5052688
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