Escritos (parte 1 - Contra O Bullyng)

Embora calada, continuava, frequentemente, sendo repreendida em sala de aula.

Como pode uma garota de 16 anos não falar com ninguém de sua turma? Como ela é em casa? Será que tem amigos na vizinhança?

Isso era o que todos se perguntavam. Seus pais, pobres seres humanos mortais, jamais compreendiam o que se passava naquela pequenina cabeça de cabelos longos, escuros, enrolados.

Não havia quem decifrasse o enigma de seu olhar ou quem a fizesse sorrir.

Ela sentava ao fundo da sala. Baixava a cabeça e em seu caderno ficava horas a desenhar e a escrever. Não me pergunte o quê.

Não a conheci bem, apenas olhava disfarçadamente sem que ela percebesse, pois tinha medo que ela se isolasse ainda mais.

Já estava cansado de todo aquele silêncio e certo dia lhe dirigi a palavra:

- Bom Dia. Como você se chama? Ela me olhou (com seus lindos olhos azuis que não havíamos percebido antes) sorriu e baixou a cabeça novamente, se pondo a escrever: SOPHIE. Então percebi que ela não podia falar.

Erick Barros
Enviado por Erick Barros em 04/12/2014
Reeditado em 05/12/2014
Código do texto: T5058581
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.