Saída Aleatória

Em um sábado à noite iluminado por uma lua cheia, resolvi sair junto com os meus amigos rumo a um bar bem conhecido no centro da cidade, ao chegarmos lá me deparo com um velho amigo meu de infância, “o Juca”. Grande amigo meu, brincamos muito quando éramos criança, há muito que não via ele. Começamos conversar, e lembrar velhas histórias de infância, que há muito estavam esquecidas. Chegou um momento em que o Juca me disse:

- Meu amigo, porque você anda tão triste?

A sensibilidade de Juca era incrível, como ele havia percebido que eu estava para baixo? Há muito tempo que minha mãe havia falecido, por conta disso, minha vida não andava lá aquelas coisas. Olhei para ele e respondi sinceramente:

- A minha vida não anda lá aquelas coisas meu velho amigo. Minha mãe faleceu há pouco tempo, e minha vida amorosa, bem, você sabe... Nunca foi lá aquelas coisas. Me sinto sozinho nesse mundo, as únicas pessoas em quem posso contar atualmente são o meu pai e minha irmã.

Pedi mais um copo de uísque ao balconista.

- Vai continuar bebendo por conta disso?

Sua sensibilidade realmente era de se espantar como ele sabia que eu andava me embriagando? Bebi aquele copo mesmo assim, sem ligar para o que ele estaria pensando. Solicitei ao atendente um maço de cigarro, conversei mais um pouco com Juca. No fim até que a conversa foi produtiva, pois ele me passou o número telefônico de algumas garotas de programa, essas trabalhadoras noturnas sempre acabam dando um impulso em minha vida amorosa.

Sai daquele bar naquela noite com a sensação de alívio. Juca era o meu único amigo de verdade isso era estranho, pois dificilmente tínhamos contato. Talvez fosse melhor assim, ter alguém com quem eu sempre pudesse confiar, que fosse distante de mim.

Juca Rino
Enviado por Juca Rino em 13/12/2014
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