SALVEM AS NOSSAS ESCOLAS E OS NOSSOS MESTRES

Até o final do século XX havia algumas instituições que eram sagradas, portanto, intocáveis. Por exemplo: igreja, hospital, quartel, policial, padre, pai, mãe, professor etc.

Com o advento da Constituição Federal de 1988, do Estatuto da Infância e da Juventude, da Lei do Desarmamento e de outras leis, essa realidade aos poucos foi mudando para pior.

Hoje não há mais qualquer respeito a nenhuma dessas instituições. Assaltam igrejas, assaltam hospitais, assaltam quartéis, perseguem e matam policiais, padres, professores etc. Filhos matam os pais para receber seguros, para receber herança, para comprar drogas ou para pagar dívidas com o tráfico.

As escolas passaram a abrigar menores em conflito com as leis, como se fossem alunos comuns, misturando-os aos outros alunos. E esses menores infratores espalham terror entre os alunos e professores. Levam armas para as salas de aulas, ameaçam colegas, professores e diretores.

Diariamente vimos noticiado em jornais e nos programas de rádio e TV, que um aluno ou grupo de alunos agrediu uma professora, tendo-a, inclusive, ameaçado de morte.

Os professores e diretores, sentindo-se impotentes, levam os fatos ao conhecimento dos órgãos competentes, que os encaminham para as autoridades, as quais, em notória excusa omissiva, preferem dizer que o assunto não é assim tão grave. Afirmam que se tratam de fatos isolados e que há um exagero por parte dos professores, dos diretores e dos órgãos de imprensa, que dão exagerada ênfase aos fatos.

Enquanto o poder público se omite professores aterrorizados, impotentes diante de tanta liberalidade das leis e das autoridades, têm caído em depressão, ficando grandes períodos de licença, passando a sofrer de insônia e tendo que viver sob efeito de antidepressivos.

Muitos, temendo pela própria vida e até mesmo procurando poupar a saúde, estão preferindo abandonar as salas de aula e tentar buscar os seus sustentos e dos seus familiares, por outros meios e ambientes menos insalubres e menos degradantes.

Faz-se urgente que as autoridades retomem o controle da situação e passem a dar mais condições de trabalho a esses profissionais tão dedicados e imprescindíveis à sociedade.

O professor tem que ser intocável. Qualquer ameaça ou violência contra ele deve ser punida exemplarmente.

Deve-se proporcionar melhores condições de trabalho e de remuneração a esse profissional, tão subjugado e largado à própria sorte pelos governantes.

A Escola deve ser o lugar onde se aprende, além do conteúdo didático, o respeito à moral e aos bons costumes. Jamais pode dar guarida a quem quer que seja, cujo propósito se configure incompatível com os pressupostos acadêmicos.

Rafael Arcângelo
Enviado por Rafael Arcângelo em 18/12/2014
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