FILOSOFIANDO IDÉIAS - REVOLUCIONAR ? -(RLessa/Mar/2014)

1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 SEMANA DA ARTE MODERNA 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922 1922

Todos deveríamos ter pelo menos uma semana de arte moderna por semana, sabe aquelas situações que rompe o que é cristalizado e perene em nosso cotidiano e que nos massacram a alma? Cuidado "pessoas" neste universo por mais que queiram, felizmente para nós, "nada é perene"; a não ser aquilo de real valor guardamos em nossa memória a(e)fetiva.

No Brasil, um grupo de pessoas investiram nesta chance de sair da mesmice e juntos com outros muitas vezes nem tanto anônimos que sequer constam nos anais da Semana de Arte Moderna de 1922; somaram e concretizaram a oportunidade de se (des)estabelecer uma estética diferenciada e comportamento dissociados dos vigentes no país. Primeira quinzena de um fevereiro, de num ano ainda debutante no calendário, enfim foram-se noventa anos e muito ocorreu até chegar até nós resquícios de vozes dissonantes de uma sociedade abarcada pela modernidade e progresso tecnológico emergente.

Entre anônimos e não tão anônimos foram Mários, Oswalds, Plínios, Tarsilas, Villa-Lobos, Tácitos, Anitas, Cavalcantis, Victores, Guilhermes que deram à arte vida própria, ativa e pulsante... mulheres, homens, conceitualizações estéticas inusitadas, reflexo do que acontecia lá fora, no além mares, pactuando com VIDOVIX : "Essa nova arte, apresentada de um modo autenticamente brasileiro, basicamente contestava tudo o que se conhecia até então: poesias declamadas (antes eram apenas escritas e lidas), noções de artes plásticas aplicadas na tela, concertos acompanhados de cantoria, e tantas outras inovações que, hoje em dia, se tornaram comuns."

- Um resumo?

Escândalo: aos academicamente bancados e assentados em sua mesmice e concepções artística (claro também com seus valores estéticos a serem considerados)... Eis que surge na Terra do Pau Brasil a Modernidade, necessária e agora desenfreada graças à ... aos artristas intépidos que pululavam pelos conceitos até então considerados anti estético e por vezes imoral, isso é Divinal.

Romperam-se o portais oportunizando novas experimentações artístico social, numa época que tudo era proibido: até ousar, foram desbravadores. E hoje muito de seus "herdeiros" degredam todo esse patrimônio com o que consideram arte, mas que torna-se apenas manifestações egóicas... alfinetadas à parte. Mas felizmente há sobreviventes resistentes dessa arte que revolucionou e isso causa um desconforto que conforta-me, e rio de prazer em ver determinados jovens dando continuidade com competência e irreverencia tão necessárias e presente nos "antigos modernistas".

O complicado disso tudo é que em nosso atual sistema social aceita-se tudo e quase nada se faz, e quando se faz, poucos tem acesso, pois promover o ignorar do indivíduo é mantê-lo sobre as rédeas de sua própria ignorância, om isso, deixa-o pensar ser revolucionário quando na verdade nada mais é que um instrumento de controle e medidas do poder vigente.

- Ôps... outra alfinetada?

- Não podia?

- Mainha, me acóóde...

- Tadinha da mãe Florzica.

- E vóinha Estephania então? Revirando-se no além túmulo: Que nada ela era das minhas... rs

Família à parte, a Semana de Arte Moderna concatenou no Brasil o reflexo daquilo que era mundial e com essa sintonia amplos e largos passos foram dados em função de uma nova arte, uma nova concepção de vida, um novo saber despertado e um Brasil com mais cara de Pau - Brasil. Hoje temos por compromisso despertar, ou melhor, dar continuidade no outro e em nós a "(...)força e energia que(...) CONSTRÓI(...) coisas belas(...)" re significando, contemporanizando a alma desse povo que muitas vezes nem se percebe cidadão, quiçá artistas em potencial.

Roberta Lessa
Enviado por Roberta Lessa em 12/01/2015
Código do texto: T5098869
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