PAÍS DA FICÇÃO.

Expelir o “engulho” que não sai. Como? Não o permite o sufrágio universal. O inconsciente está maior que o consciente, isso sempre foi assim, na americalatrina. Nisso creio, sempre foi assim, com maior ou menor intensidade. Basta conhecer a história.

O artigo 37 da Constituição Federal é taxativo em seus ditames, sic:

“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência...

Norma primordial e definidora da lida com a “coisa pública” que é de todos nós.

Será que vivo mesmo no país do artigo 37 da Carta Política, em que há legalidade, impessoalidade, moralidade?

Há lei cumprida, legalidade instalada? Impessoalidade nos que estão investidos de poder sem se favorecem dos cargos ocupados? A moralidade, nascida de “mos”, “mores”, em latim costumes, os bons costumes calcados na ética, são praticados e obedecidos regularmente?

Ou o contrário da regra-padrão ficou legítimo, tornou-se legítimo, mudaram a lei, restou legitimado? Em que estamento ou compartimento da Lei Maior está essa mudança que cavalga a informação diária e muito pouco as denúncias formalizadas nos tribunais? Como espancar a lógica legal? Tudo que é ilegítimo legitimou-se como? Mágica de fazer do antônimo, sinônimo? Varinha de condão do “cala boca” de quem tem a competência institucional e queda inerte e mudo Brasil afora? Qual lei está submissa, vencida, prostrada, exangue? A LEI MAIOR.....!!! O artigo 37 da Constituição Federal, que mandamenta, sic, repita-se: “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade.

Fazer e refazer a lei, publicar uma “carta política”, impor probidade na gestão da coisa pública, pela vontade representada no voto, da “res publica”. Vencer as ditaduras, chegar ao voto popular. Para quem cumprir a lei, renegada a exceção?

Virar as costas à lei a própria lei por suas casas que fazem a lei e a descumprem, como visível e diário na mercancia escandalosa dos cargos e favores, por uma maioria que representa interesses da minoria, flagrantemente constatado e inferido por qualquer insuficiente da inteligência.

Seria antropofagia da própria representação, o escárnio do voto que traz no DNA político a medida anã da cidadania?

Estipendiam a representação. Por quê? Quem autorizou? As leis nada comandam. Tribunais de Ética são cômicos, CPIS, “Comissões Para Inverter” realidades. Por que existem? Destinar a partidos votados cargos é da índole política. Mas a quem? O que faz o poder? Onde a Constituinte se perdeu? Qual a razão do Poder Originário, 1988, virar essa “colcha de retalhos" de Emendas Constitucionais? Por qual razão se legisla por medidas provisórias pelo menos com possibilidade de repetência e em noventa dias? Quem legisla, a casa congressual ou o Executivo sem limites por medidas provisórias, alongadas? Ditadura legislacional...

O PODER MAIS POR DAR MENOS E TIRAR DE QUEM MAIS PEDE E PRECISA E NADA PODE OU TEM. Um “pede” abafado por moedas sobradas, a encher bolsas do nada.

A EDUCAÇÃO QUE NÃO SE DÁ LEVA POUCOS AO PODER QUE NÃO SE QUER.

DE UM MUITO SE DÁ MUITO POUCO PARA MUITOS, E POUCOS TIRAM MUITO E DÃO POUCO OU QUASE NADA AOS QUE NECESSITAM.

Como um cidadão, lobista,mero intermediário negocial, devolver a uma Estatal, Petrobras, R$ 200.000,00 duzentos milhões de propina, DE PROPINA!!! Imagine-se a centralidade dos negócios e quanto ficou para interessados maiores ou foi superfaturado, já que a propina (esta,outras estão preservadas pelo "generoso" que devolveu sob delação "premiada") maior tem moradia segredada.

A liberdade da expressão que agora mais uma vez se persegue, que se quer abafar, dando voltas e mais voltas, sem alcançar os acreditados de memória curta, os inscientes desinformados, que nada sabem, saciados com a miséria da facilidade que os torna reféns baratos, e quando existe saciedade mínima neste cárcere, ainda aplaudem o pouco que lhes chega, e que não chega para muitos, lastreados na pequenez da informação, cujo monopólio de verdade não se quer, mas que escancaradamente é claro, verdadeiro e unânime. Mesmo dos aprisionados pela vontade captada, está ameaçada, está em perigo a livre expressão, mais uma vez. E nada muda...e a indignação dos indignados se faz ouvir, sem sucesso, no préstito da esperança que vai se apagando.

O populismo quer a deseducação, pois ela lhe dá votos multiplicados na natalidade irresponsável.

Minimiza-se a importância ameaçadora e ruinosa pelo cansaço da permanência da hipocrisia e desfaçatez um gigante que cresce, geometricamente, e se avoluma, dia a dia com o acre sabor que já entala no pessimismo do péssimo costume, que não muda e nunca mudará ao que surge, sem o privilégio da educação, que clarifica, informa, conscientiza a cidadania. E quem guia a educação, e quem guiará, pergunta-se hoje, nesse país da ficção, agora, seria um educador sério de biografia impecável, competente, experiente?

Como funciona o Brasil nesse comércio de troca/troca? Cargos e votos.Como ficção, lastimável, mas verdade irrespondível.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 27/01/2015
Reeditado em 27/01/2015
Código do texto: T5115825
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