A RAZÃO ( PARTE I)

A RAZÃO (Parte I)

“A humanidade não será a mesma, quando entender o que é a vida e qual o seu sentido” (NANG).

A frase acima não é de ninguém famoso, sabia? É minha mesmo, veja a iniciais: Norma Astréa Nunes Grünewald. Rs,rs,rs.... Com ela introduzo esse texto que pretende conduzir o seu pensamento, caro leitor, rumo à compreensão da principal razão pela qual todas as coisas boas ou ruins acontecem no mundo. Uma vez entendida, saberemos por que temos assistido às diversas operações desencadeadas pela Polícia Federal, ao aumento da violência e, até mesmo, à escassez da água em diversos estados brasileiros. De posse desse conhecimento, poderemos dar um destino melhor para os nossos descendentes.

Dada a sua “complexidade”, peço desculpas, desde já, por não conseguir expor “a razão” em uma única crônica. A total compreensão demanda mudança de paradigmas e essa exige um encadeamento de diversas ideias. Peço licença para não começar pelas criacionistas, pois todos os cristãos já as conhecemos, e nem daquelas da sopa primordial anunciada por Charles Darwin.

Partirei das cavernas, onde as pinturas rupestres evidenciam que homens bem primitivos ali se refugiaram para se protegerem das intempéries, dos perigos de modo geral, ou, simplesmente, para dormirem. Isso tudo, muito antes da descoberta do fogo e do desenvolvimento dos processos de comunicação por meio da linguagem verbal. Fico imaginando como funcionavam as cabeças daqueles nossos ancestrais, mas, não me deterei nesse estágio da humanidade, pois é necessário avançar à época em que vários povos, sem os conhecimentos científicos hoje disponíveis, sem consultar o Google, sem trocar nenhum e.mail entre si, inventaram histórias a que hoje conhecemos com os nomes de mitologias.

Os habitantes da Grécia Antiga, durante séculos, explicaram os fenômenos da natureza, atribuindo-os a alguma divindade. O que vocês lerão a seguir parecerá um “samba do crioulo doido”, mas como eu acho que não existiam “cigarrinhos do capeta”, cocaína, heroína, haxixe, êxtase, ou crack naquela época, depreenderão que, no mínimo, eles tinham uma mente fértil para caramba!!

Segundo a teogonia de Hesíodo (um pastor de ovelhas, que teria recebido das ninfas informações sobre a origem da mitologia grega), tudo teria se iniciado com Caos (vazio primitivo e escuro que precede toda a existência) e dele teria surgido Gaia (a Terra), Érebo (a parte mais profunda dos infernos) e Nyx (a noite). Esses dois últimos fizeram nascer Éter (o ar) e Hémera (o dia).

Sem intermédio masculino, Gaia deu à luz Urano, que, por sua vez, a fertilizou. Dessa união nasceram primeiramente os titãs, e dentre eles Cronos (o mais jovem, de pensamentos tortuosos e o mais terrível dos filhos), que se uniu à sua irmã Reia. Um dia, ele resolveu castrar o pai com uma foice e tornou-se o “rei do pedaço”.

Temendo que seus descendentes fizessem com ele o que fizera com seu genitor, a cada rebento que nascia ele os devorava. Quando Reia deu à luz Zeus, sua avó Gaia o escondeu em uma caverna na ilha de Creta, para protegê-lo do pai. Quando Zeus cresceu, ele obrigou Cronos a regurgitar seus irmãos, e esses assumiram o domínio do mundo. Zeus passou a ser o poderoso chefão do Olimpo, casou-se com Hera (deusa do matrimonio, do parto e da família) e distribuiu para 12 subordinados algumas responsabilidades: Hades (mundo subterrâneo), Poseidon (mares), Atena (sabedoria), Ares (guerra), Demeter (plantas), Apolo (luz e sol), Artêmis (caça, vida selvagem), Hefesto (o forjador), Afrodite (beleza e sexo), Hermes (mensageiro veloz), Eros ( do amor), e Dionísio (vinho, sexo e rock e roll).

Algum tempo depois viveram pensadores gregos, pré-socráticos, classificados como físicos. Foram chamados assim, porque buscavam explicações menos divinas para os fenômenos da natureza. Dentre eles estiveram Tales de Mileto, Anaximandro, Anaxímenes, Pitágoras, Leucipo, Demócrito, Heráclito, Parmênides... No que tange a esses dois últimos, informo que, embora tenham sido contemporâneos (viveram entre os séculos VI e V a.C), eles divergiam em alguns pontos: para Parmênides o “Ser” não é gerado, é imóvel, imutável, incorruptível, igual, esferiforme e uno; para Heráclito não há o imutável, “tudo flui”, tudo muda, “não se pode entrar no mesmo rio duas vezes” na segunda vez nem o rio e nem você serão os mesmos”.

Todos os parágrafos anteriores são recortes históricos e tentam mostrar como o pensamento humano tem evoluído, mas o meu espaço aqui acabo. Desculpem-me se nem chegamos aos sofistas, a Sócrates, Platão, Aristóteles e, dando um salto enorme, à “razão”.

Convido você a "assistir" ao (s) próximo(s) capítulo(s) para conhecer os demais entrelaçamentos de ideias e, se Deus quiser, finalmente, “A Razão II” ( Quando eu conseguir concluir)!!

NORMA ASTRÉA
Enviado por NORMA ASTRÉA em 29/01/2015
Reeditado em 21/08/2015
Código do texto: T5118300
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