Sentimento chamado amor

Passei acreditar no amor aos seis anos de idade, era lindo, um conto de fadas de uma garota de cabelos cacheados, magrela e estrábica, o grande primeiro amor apareceu no intervalo da pré-escola, brincar durante o intervalo com os power rangers rosa e vermelho apenas nas quintas-feiras, durou até o fim do ano até trocar de escola, mas era pequeno demais para o grande coração que eu tinha na época, além de pequeno era ingênuo e simples.

Carreguei o amor comigo para o colegial, acreditando que esse era do tamanho suficiente que meu coração podia carregar, era recíproco e novo, uma sensação ilimitada de prazeres, uma conquista grande demais para pouca idade. Foi como um soco no estômago quando eu a vi partir por amor próprio e realização pessoal. Desde então eu achava que o amor havia acabado, decidi não acreditar mais nesse tipo de sentimento me fechando cada vez mais para oportunidades rasas de ebriedade e indiferença.

Na universidade voltei acreditar no amor como forma de escape, como uma conversa descontraída de dois estranhos que eram parecidos, porém ao contrário. Percebi que dessa vez meu amor era grande demais para o pequeno coração que eu possuía, eram pequenas gotas d’água caindo num imenso deserto, as gotas eram esperança e o deserto desilusão. Esse durou até o presente de Natal que recebi como queda para um poço sem fim.

O amor de infância, adolescência e vida adulta nunca acabaram, eu que deixei de acreditar. O amor não tem culpa de nada quando é você quem aduba e o faz crescer dentro de você. Hoje posso dizer que há uma pequena parte em mim é amor, o resto é motivação que me faz querer continuar vivendo.