O amor da minha vida

- Senhora, o que aconteceu foi exatamente isso que eu falei para a senhora. Disse o rapaz.

- Quer dizer que depois do acidente você foi internado num hospital e a sua namorada em outro?...Estranho! Por que será que vocês dois não ficaram no mesmo lugar?...Bem! Agora isso não vem ao caso.

O que eu quero saber mesmo é o que aconteceu contigo para que você deixasse o hospital daquele jeito e depois fizesse aquilo que você fez. É isso que eu quero saber? Perguntou a delegada de plantão.

- Doutora eu fiquei muito preocupado com o estado de saúde da minha namorada. Eu não tinha notícias dela. Eu não sabia o que estava acontecendo no outro hospital. Eu estava muito angustiado e isso foi me deixando muito nervoso. Por isso eu fui obrigado a sair do hospital daquele jeito e ir correndo atrás dela. Justificou o rapaz.

- Meu jovem, confesso que estou bastante sensibilizada com a sua demonstração de amor pela garota, mas isso não justifica você ter feito o que fez. Ressaltou a autoridade policial.

- Isso não justifica eu ter saído do hospital para saber o estado de saúde do grande amor da minha vida?...A senhora não acha que isso que eu fiz foi algo muito romântico? Não são vocês mulheres que vivem dizendo por aí que não existem mais homens românticos como antigamente. A senhora não faria a mesma coisa pelo grande amor da sua vida? Perguntou o jovem.

- Não faria não senhor! Todo esse sentimento apaixonado que você está sentindo, apesar de lindo e emocionante, não justifica o fato de você ter roubado a ambulância do hospital onde você estava internado para poder ir ao encontro da sua amada. É isso que eu não estou achando nem um pouco romântico...Emendou a delegada de plantão.

Ângela Sipolatti
Enviado por Ângela Sipolatti em 23/02/2015
Código do texto: T5147012
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.