PRENÚNCIO

(Angela Chagas)

Ah, essa agonia que atravanca à sua alma. Chega como se fosse dona do seu viver, ela vem é quer ser dona da sua morada.

Mande-a embora, não faz parte da sua vastidão...Se insistir, mande-a bater à porta de outro alguém, e, mesmo que queira se instalar a qualquer preço, esquadrinhando um fim, sem nenhum apreço, que busque outro atalho, outro refém...

Ah se ela fosse terna, contemplaria à madrugada, elevaria o seu critério mais eloquente... Secaria as lágrimas tantas, de um ser vivente,

Transformaria em orvalho das manhãs, suas palavras...

Todavia, se houver bons presságios, viverá o homem, na esperança de um novo amanhecer...

O sol adentrará a sua alma, expulsará de vez a aflição.

Porquanto, não se constrói uma vida, sem ternura, iluminação,

Perspectivas e compaixão!