O Amor Ágape
O amor é tema recorrente nas mais diversas épocas, nos mais diversos meios, nas mais diversas formas literárias, sobretudo na poesia. Não existe palavra mais batida nas novelas e músicas atuais. Lembro que quando a Globo comemorou 45 anos fizeram um levantamento para ver quantas vezes a palavra “amor” tinha sido citada em suas novelas. Ao ver aquela cena, perguntei-me: quantas vezes o amor foi vivido em suas novelas? Ou apresentaram uma caricatura horrenda do que se pensa ser o amor? Afinal, o que é o amor?
O amor é algo difícil de conceituar. É um sentimento, como tal, é subjetivo. O que é o amor para mim pode ser que não seja para outra pessoa e vice-versa. Os gregos o dividiram em três partes: philus (amizade); eros (o amor carnal, sexual) e ágape (o amor puro, incondicional). Cristo nos ensinou que o maior mandamento é o amor incondicional, a Deus e ao próximo. O Mestre nos ensinou isto não apenas com palavras, mas com suas atitudes, tanto que doou sua vida na cruz, perdoando a quem lhe xingou, usando de misericórdia com seus algozes.
Fico entristecido ao ver que, depois de um testemunho tão significativo e forte como este, a humanidade ainda não tenha aprendido a amar. Vivemos em um mundo onde perdoar é sinal de fracasso. Um mundo onde “oferecer a outra face” é um absurdo sem tamanho. E digo isto apontando também para a minha humanidade que, na maioria das vezes, se irrita facilmente com os defeitos dos outros, como se eu próprio não fosse uma torrente de imperfeições.
É amigos, o amor ágape está em falta!