O coquetel de nossas almas!

Quem nunca um dia acordou, parou, pensou, refletiu e deu-se conta que simplesmente sua alma, seu espírito, seu eu interior estava virado em um confuso coquetel de sentimentos. Uma mistura de opostos, um misto de incógnitas emocionais não dissolvidas.

Assim andamos por essa estrada irregular que é nossa vida, sempre perdidos em meio de habitantes desconhecidos em nosso interior. Equações quase impossíveis de se calcular, fórmulas quase indecifráveis, histórias difíceis de desvendar, mapas com lugares inabitáveis. Tudo isso misturados, homogeneizado dentro de nosso ser. Cada vez mais se amalgamando, tornando-se inexplicáveis.

Mas sempre nos instigando a quebrar paradigmas, contestar dogmas, ultrapassar limites, vencer barreiras entre o natural e o sobrenatural. Essas misturas que muitas vezes fazem nos deleitarmos com os mais variados sabores, desde o mais amargo até o mais doce. Mas um dia paramos e pensamos que mesmo os amargos nos trazem algo bom, pois servem de experiência para nosso amadurecimento e como fortalecimento para nossa alma, com isso a cada novo ciclo nos encontraremos mais sábios, um pouco mais preparados para cada nova adversidade que nossa escola da vida nos impõe. Os doces nos servem quase que como um prêmio conquistado por cada degrau a mais alcançado.

E assim será sempre nossa vida, cheia de estradas curvas, degraus irregulares. Não adianta querermos, desejarmos que tudo seja sempre rosas, sempre doces, sempre cores, pois quem seriamos sem a dor, sem espinhos, escuridões, amargos, sem as adversidades seriamos eternos ignorantes, nunca aprenderíamos, evoluiríamos.

Felicidade sempre desejada, mas a dor inevitável!

Melhor vivermos na eterna embriaguez de sentimentos do que na sobriedade não sentir nada!