Sobre as mulheres e todos os clichês do mundo

Dizem por ai que falar sobre as mulheres é fácil, alguns poetas fazem até parecer que sim, mas – sabe – acho deveras complicado poetizá-las. E confesso que sou extremamente decepcionado com o que meus escritores prediletos – e outros nem tanto – falam sobre, em seus textos. Por isso; Nelson, Chaplin, Shakespeare, Bukowski – e até “Deus”; não os citarei diretamente nenhum de vocês hoje. Aliás, me proíbo de citar nesse texto, palavras como: flor, meiga, frágil e TPM. Não quero ser mais um repetidor. Não nesse texto. Eu costumo dizer que mulher e poesia vieram da mesma fôrma, em que ambas só possam existir juntas. Eu mesmo, quando comecei minha ainda breve carreira de escritor, expressava-me para uma através da outra – e vice-versa. E quando falo da poesia não quero dizer no sentido popular da palavra, e sim no sentido intenso do sentir. Do viver. Sabe, sou feliz com o rumo que nosso mundo está tomando hoje, e todo esse lance de mulheres no poder. Como ninguém nunca tinha pensado nisso? Tipo, era óbvio que as coisas iam andar melhor. Elas são bem mais organizadas, costumam ter um maior foco, sem falar que – diferente do que nós achamos – são bem mais racionais. E maduras. Quer dizer, nem sempre. Todo homem deveria viver a experiência de ser mulher por um dia, e ver que não é nada fácil fazer tudo que elas fazem sem cair do salto. Ou sem demonstrar as cólicas. Borrar a maquiagem. E sofrerem os absurdos de discriminação, assédio e falta de respeito, que vemos por ai. Assim, quem sabe, déssemos mais valor as que estão a nossa volta. Eu sou meio suspeito pra falar, comecei a escrever por causa delas. Minhas fontes de inspiração diárias são por elas. Vivo cercado de mulheres fantásticas e tenho um amor intenso por cada uma delas, e digo sem medo de errar: elas são uma nova-antiga maneira de olhar para esse mundo. Uma nova perspectiva que, talvez, seja tudo aquilo que precisamos para nos salvar de nós mesmos. O Chaplin que me perdoe, mas eu amo as mulheres e as admiro mais ainda.

Gonzaga Neto
Enviado por Gonzaga Neto em 08/03/2015
Reeditado em 08/03/2015
Código do texto: T5162132
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