E ASSIM A MALDADE SUPERA O MAL
Estamos passando por um período de violência tão grave neste nosso belo, pujante, mas controvertido país, que hoje em dia as ações maliciosas secundárias dos marginais estão superando o crime principal almejado por eles.
No passado os assaltantes abordavam as pessoas, entravam em suas casas, estabelecimentos etc., tomavam delas o que queriam e saiam em desabalada carreira, para não serem vistos ou pegos.
No presente, os assaltantes não se contentam mais em apontar uma arma para a cabeça de sua vítima e obrigar a entrega compulsória de seus pertences. Eles agora, invariavelmente armados, antes, durante e após as investidas, maltratam, espancam, lesionam, mutilam suas vítimas e muitas das vezes retiram-lhes o seu bem maior: a vida.
A maldade é tanta que não importa a idade de suas vítimas. A crueldade deles não poupa a ninguém. Podem ser jovens, senhores(as), idosos, ou até mesmo crianças, que a falta de piedade impera.
Assassinam pais, na frente dos filhos, assassinam filhos na frente dos pais, amedrontam, estupram, aterrorizam, fragilizam suas vítimas, quando não lhes tira a vida, a ponto de o trauma ser tão grande que elas entram em depressão e pânico, tendo que recorrer a tratamentos psicológicos.
Tudo isso consequência de governantes e legisladores que, a pretexto de propiciar um país democrático, criam leis e normas protetoras da bandidagem, dando-lhes liberdade para agirem impunemente, impondo todos os ônus para o restante da sociedade.
A impressão que se tem é que, as nossas autoridades recolheram todas as armas entregues pela população, muito contra a própria vontade desta e as loteou igualitariamente para o submundo do crime.
De posse de tantas armas e de tantas munições fornecidas indiretamente pelos governantes, os criminosos, para não ficarem com todo aquele arsenal em desuso, utiliza-os contra as suas vítimas. Batem, espancam, desferem coronhadas, desferem tiros, ferem, aleijam, matam. Tudo sob a proteção e os benefícios que as leis conferem a eles.
Dessa forma o assalto em si passou a ser um mal muito menor do que a dor, o pavor, o terror e o sofrimento imposto pelos criminosos às suas vítimas. E assim a maldade supera o mal.