Digam ao Povo Que  Fico


Ao ler uma das crônicas de Martha Medeiros, excelente escritora, já com alguns livros editados, recordei, o convite que recebi de um amigo para desfilar num 7 de Setembro , e o que é mais interessante nisto é que o mesmo ressaltava que eu seria D. Pedro em cima de um cavalo . Eu que jamais tinha experimentado andar a cavalo. Gostei da ideia de desfilar, de exibir sobre o que gosto e fazer meu marketing em prol da escola. Quanto ao pedido aceitei sem ao menos sequer ensaiar um passo, sem ao menos subir alguma vez num pangaré, e comecei a me imaginar imperador, quem sabe ao próprio  D. Pedro no do dia do fico.
Nisto, pra começo, no dia do desfile diante daquela agitação que fica toda cidade, saímos da Fortaleza de Santa Catarina, entrando pela Rua Serafim, dando de frente com a igreja matriz, e um ponto de ônibus quando de repente sem ao menos aperceber este amigo deu inicio ao trote em seu cavalo, e o meu começou a imitar o dele, nisto ele saiu em disparada, e o meu o acompanhou.  Naquele momento eu já me apegava a todos os santos existentes na igreja.
E nisso escorregava para debaixo do cavalo, até que em dado momento o pessoal que assistia toda aquela cena, digamos assim, correu para tentar me ajudar a parar aquele animal. E o meu amigo ria como um desgraçado aconselhando-me a desistir do desfile. Mas um tanto insistente eu e o cavalo adentramos na avenida como se fossemos destaque, onde exagero a parte, uma coisa realmente aprendi ao querer desfilar e mostrar meu potencial e se achar o tal. Isso nunca mais iriei querer desfilar sobre um cavalo.
Pois confiante de querer mostrar o que sei quase me arrebentei.  Mas como vê todo ator tem seu dia de equitação, de subir em cima de cavalo sendo o tal. Bem depois de todo ocorrido e daquele vexame, sinceramente eu vi o quanto tinha posto em risco toda aquela escola por aceitar tal convite acima dos meus esforços. Tal vexame hoje consta nas páginas da minha biografia.