PAPEL CANETA E TINTA
Quando esta caneta eu pego, sei que o papel vai tingir. Com, traços e nomes vão surgir... Onde o semblante esclarece e, o povo aquece.
Logo o papel se torna tinta e... Às mensagens de poemas, belo toca o coração. Tenho uma grande alegria, pois dons nascem para mim. Pois onde a papel há tintas, assim onde a roça.
A foice. Aonde corta o mato, abatem os capins; aonde planta a mandioca, a farofa vem na boca, com gosto de toucinho.
O pobre molha o rosto, põe a mão na maça, onde não tiveram tempo de escrever um diário apaixonado, sobre um amor do passado.
Em companhia de seus pais, a noiva tinha que comportar,
nem os dedos podiam cruzar, pois o pai não tirava o olho. Do que estava a jantar...
O coitado dava sede. A boca secava, os ombros doíam, as pernas tremiam, o cigarro na mão caia.
Pra sua amada, a vida vai passar o dia não vai chegar... A caneta não mais escrevia, pois o papel já amarelou; a tinta acabou. Lá fora os passarinhos cantavam, a vaca berrava, a coruja espiava e, o noivo cansava. A mão enrugava de tanto dobrar, para desdobrar molhava a roupa. Ao homem ao qual expirava. O tempo passava a idade chegava e, seu pai te olhava.··.

Imagem internet
Angelly Negreiros
Enviado por Angelly Negreiros em 27/03/2015
Reeditado em 11/06/2015
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