PERDA

Quando perdemos alguém, principalmente se acontece de repente ou cortando a ordem natural das coisas, sempre pensamos que poderíamos ter feito mais, amado mais, demonstrado mais, beijado mais vezes, abraçado mais apertado, desculpado mais e cobrado menos. Mas nós fizemos exatamente o que poderíamos fazer, fomos até onde poderíamos ir, mas a perda, a certeza da distância, a invisibilidade, a saudade, o vazio, nos deixa essa sensação de falta. E tentamos preencher essa falta, esse vazio, com nossas culpas. Como se não pudéssemos estar vivos quando aquele ente tão querido se foi. Como se nossa vida perdesse algo que poderá ser preenchido com uma dor, inevitável sim, mas que não pode substituir as lembranças boas, as alegrias e os momentos vividos com aquela pessoa.

Perder um filho deve ser a pior dor do mundo, como já disseram numa música, o contrário do parto.

Primeiro as dores trazem nosso filho ao mundo, só felicidade.

Mas de maneira oposta, as dores, infinitamente maiores acompanham os últimos momentos daquele filho neste mundo. Só tristeza...

Mariza Schröder
Enviado por Mariza Schröder em 05/04/2015
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