O ANJO DO AMOR

Em uma pequena cidade, típica de interior, com ruas de terra e pedras na calçada, vivia uma família tranquila e serena. O pai, como todos da cidade, trabalhava na terra e cuidava dos animais. Tirava o leite, fazia queijos, alimentava os porcos e vacas; dava milho às galinhas e recolhia os ovos que elas botavam.

A mãe, cuidava da horta e preparava a comida, além de cuidar da casa, da roupa lavada e dos filhos que brincavam.

Um desses filhos era o Nicanor, pequenino, alegre e cheio de amor. Estava sempre no alpendre a olhar, os campos floridos , a horta e o pomar. Imaginando o mundo além das montanhas, a vida passava a sonhar.

Os pais sempre comentavam sobre o desligamento do Nicanor... ficavam horas a pensar... seria problema médico ou seria algum encosto, discutiam sem cessar.

Nicanor, alheio à essa dúvida geral, continuava a olhar o infinito, o que para ele era atitude normal.

Certa manhã, quando todos estavam em seus afazeres domésticos do cotidiano, Nicanor afastou-se da casa, ouvindo o som de um piano... percorreu todo o terreiro, o pomar e a horta, passou pelo galinheiro , deixou pra tras o celeiro. Caminhou pela mata, atravessou o riacho , seguindo som misterioso. Não estava assustado, nem tampouco curioso, esperava encontrar o musico maravilhoso.

De repente, numa clareira qualquer, sentado sobre uma pedra, com flores ao seu redor, estava um anjo, com semblante sereno e ao Nicanor acenando, produzindo a música suave, sem tocar qualquer instrumento.

Nicanor não se assustou e ao novo amigo cumprimentou. Sentou-se ao seu lado e num gesto inusitado, o mesmo som começou a produzir. o Céu brilhou as nuvens se abriram,e aquele som começou a subir...

Nicanor envolto em muita luz, ficou ali sem sair, com seu corpo todo iluminado, continuou ali sentado, ao lado de seu amigo encantado.

Depois de horas dessa conversa silenciosa, de muita troca de energias e luminosidade, estava selada a amizade, do Nicanor com um personagem de santidade.

O tempo passando e seu amor aumentando, Nicanor lembra da família e sente saudade de casa... Despedindo-se do amigo celestial, o caminho de volta passa a fazer, com muito mais alegria, sentia-se especial...

Depois desse dia, Nicanor não mais divagaria, mas com amor agiria, a todos que lhe olhassem, mesmo quem nao pedia...

Seu olhar era só emoção, transmitia um sentimento profundo, enchia o coração com uma paz real, transformou-se numa alma especial.

Todos admiravam sua sensibilidade, passou a ser especial pra toda comunidade, só transmitia verdade e expressava liberdade. A todos contagiava com sua alma serena, com seu olhar furta cor,a todos transmitia uma lição de amor.

Assim cresceu Nicanor, um menino especial,que soube, com seu coração genial , pregar o perdão e o amor incondicional!

luiz fernando costa daher
Enviado por luiz fernando costa daher em 20/09/2005
Reeditado em 26/12/2010
Código do texto: T51999