RESPIRÔMETRO

- Não respire tão depressa, menino!

- Por que, mãe?

- Porque assim você não economiza oxigênio...!... Sem falar que a conta vem altíssima no final do mês. Olha só, filho...! O seu respirômetro já está marcando o nível cinco... E hoje ainda é dia vinte. Isso é quase o consumo de um atleta...!

Talvez, hoje, esse diálogo pareça sem sentido, mas no futuro, as mães, além da educação, ensinarão também como os filhos devem respirar. Pois o oxigênio será taxado tal como é a água... e por falar em água... Esse diálogo se assemelha a um que ouvi entre dois senhores, quando ainda era criança. Dizia um:

- Tenho uma nascente de água mineral, vou engarrafar a água e vender para...

- Vender? – atalhou o outro dando uma gargalhada.

- Sim, vender aos comerciantes...

- Você tá louco. Água se bebe – acentuou – “de graça”... nas torneiras, nos rios. Quem vai comprar...? Só um doido como você... – e riu mais ainda.

No entanto, agora é uma “atividade” das mais cômodas e rentáveis.

Sem dizer da câmara hiperbárica que, no futuro, será apenas para os apadrinhados (será que sempre os teremos...?!). Oxigênio puro como água de nascente será coisa rara de se respirar.

E mesmo com o recolhimento “compulsório” de mais esse tributo, que obviamente será criado sob um título pomposo e convincente, os Governos nada farão em benefício da natureza, que terá a sua "recuperação" adiada, sempre, para o "amanhã".

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