Histórias pra boi ter pesadelo

O Poeta melhora o Homem!

Pouco caso e pouca educação, ou (sem educação) viviam em um mundo encantado por suas belezas naturais, rios, animais e plantas. Nesse mundo mágico tudo era fácil, abundante e farto, tudo ao alcance da mão, mas nessa família não tinham qualquer compromisso com qualquer tipo de preservação, talvez por desinformação ou descaso entendessem ser tudo inesgotável, e assim a vida seguia seu curso. Tiveram muitos filhos que por questão de genética e exemplos, saíram copias fiel de seus genitores. Entre esses filhos, os que mais se destacaram, foram poluição, descaso e indiferença. Poluição parecia dotada de poderes malignos herdados de sombras dessa natureza, tudo que tocava virava lixo, sujeira, mesmo alguma coisa que pudesse ser reaproveitada, desperdício já fazia parte do processo cultural, ou a falta dele, na casa de poluição, todos gostavam muito de leite condenado. Já descaso e indiferença continuavam levando suas vidas como se do mundo só dependessem dele o que pudessem usufruir e assim continuava a vida, tinham também parentes distantes, isopor, óleos graxos, venenos e gases, etc... mas como em toda família, na de pouco caso, não ia ser diferente, também tinha sua ovelha negra, era a figura de reciclagem, contestando sempre e querendo colocar a casa em ordem, tarefa essa quase impossível devida as inúmeras dificuldades encontradas e de toda ordem exigindo assim muito tempo e dedicação por parte de reciclagem. Incansável, estava sempre procurando preservar, poupar, reciclar, agir com consciência que tinha que ser a vida para seu bem e de todos naquele mundo, o que ela nunca fazia era poupar esforços no sentido de evitar que algo fosse para o lixo, simplesmente por não interessar, engajada sempre em ajudar os outros entenderem a simplicidade de serem cuidadosos e dos benefícios que isso acarretava, trabalho de formiguinha com certeza, mas reciclagem com abnegação trilhava sua caminhada, provida da esperança de algum dia colher os frutos de sua obstinação, uma demonstração de amor próprio e coletivo e assim seguiu seu caminho.

Maurício Rodrigues