Solidão...

Pois é... Ontem, quando eu "circulava" lá pelo Facebook, me

deparei com esta imagem, e de imediato, me veio uma outra, à

lembrança. que acho que todos já a viram, também; trata - se de

uma criança refugiada que perdeu a mãe, e no abrigo, ela desenha

no chão o que em sua imaginação, é sua mãe, e tirando o chinelinho,

como quem vai pisar em algo sagrado, deita - se no chão, dentro do

desenho, encolhidinha, no que para ela é o colo da mãe. Sempre me

emociono muito, quando vejo e leio, sobre aquilo. Bem, a intenção não era contar a estória, apenas falar da semelhança que existe entre aquela imagem e esta. De certa forma, elas estão ligadas.

Ao ver esta imagem, eu pensei em solidão, a mesma solidão que muita

gente sente, mas que se recusa a admitir até para si, mesmo, e fica

escrevendo coisas bonitas e fantasiosas que o papel aceita, mas quem é

solitário de fato, nunca.Não estou falando dos que fizeram uma opção,

que decidiram ficar só, mas dos que ficaram só por não ter opção, não

foi uma escolha. Às vezes (sempre) a vida nos coloca em situações que

nos tiram quaisquer alternativas. E de repente, estamos sós, e muitas

vezes, sós até de nós mesmos; por mais que busquemos novas interações, seja no mundo, seja junto à outras pessoas, alguma coisa já não se encaixa... Existem os que superam esse estado de coisas, mas também existem aqueles que foram feridos tão profundamente, na alma, que a solidão se torna irremediável, a depressão toma conta e tudo fica ainda mais difícil. Existe, porém aquela força infinita chamada Fé, a Fé que nos ajuda a enfrentar os fatos que, às vezes, por mais que busquemos, não conseguimos mudar, são circunstâncias que fogem da nossa capacidade, porque envolvem outras pessoas, outras situações que não nos cabe julgar.

É quando, dentro de nós, uma voz se faz ouvir clamando por resignação e nos instando a agradecer por tudo e esperar, porque não existe beco sem saída, na vida que Deus preparou para cada um de nós, particularmente.

E a gente lembra, então, que existe um tempo para cada coisa e esse tempo não nos cabe calcular, apenas esperar, por ele, que tudo se resolverá. E é esta certeza que nos faz levantar todos os dias, e viver, buscar a alegria onde quer que seja possível e compartilhar, porque tudo que é bom, se não for compartilhado, é estéril.