Artifícios, artificiais do dia a dia nosso

E num desses bate papos de hora de almoço, em que você as vezes esta fora do corpo, vagando em outra dimensão qualquer e, de repente!! “Zas”, algo te traz pra uma conversa que você não sabe como começou mas esta ali, ouvindo...

Ela disse “Nossa, ia bem uns pedaços de abacaxi em calda nessa gelatina”, e eu calada conclui... “Poxa, o que ia bem na verdade, era um bom pedaço de abacaxi natural, suculento e levemente azedo”.

Não sei, as pessoas estão tão acostumadas ao artificial que parece que o natural é antiético e antipático, não vale a pena, tudo tem que ter o seu excesso de sabor, de doçura, de tragicidade. As coisas não podem mais ser aquele “SIMPLES”, porque o simples é pouco. As coisas não podem ser “NATURAL” pois o natural não tem graça... então a gente enche tudo de temperos, sabores e expectativas e no final, nos sufocamos com o veneno e a decepção dos artifícios artificiais do cotidiano nosso.

A gente cria expectativa que se fizer daquele outro jeito lá, aquele que fulano faz, daquele jeito que a fulana usa, é sempre melhor, e então!!! Então meu amigo, você se torna um mero copiador, um coadjuvante da sua vida, pois esta usando os temperos errados. Adicionou açúcar demais na relação, tirou o sal que faltava no namoro, tacou pimenta onde não precisava e agora... ah, agora... decepção, tristeza, frustração, medo, vazio... A gente quer tudo MAIS e, chega um ponto que o MAIS não basta. O MAIS não basta, pois não é natural, não foi construído com bases solidas e sim, por um simples gosto do momento, aquele momento que você torna tudo artificial, achando que isso é o melhor.

Lembre-se: a moda passa, as tendências mudam a cada estação, pimenta demais, da gastrite e açúcar em excesso, causa diabetes. Então, eu te sugiro apenas que troque todo o excesso da sua vida, o mais pelo menos e, que esse menos te seja leve, que possa carregar naturalmente sem pesos, que lhe satisfaça no gosto e, que tenha a suavidade do amor de verdade, aquele não passa, não morre e será sempre suave, leve. Inteiro... sem superficialidade, sem gostos artificiais que te matam aos poucos.

Simone Marck
Enviado por Simone Marck em 10/06/2015
Código do texto: T5272546
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.