Em cima do muro é o caminho

Posso correr, posso andar e até tropeçar. Porque o caminho reto é estreito e repleto de obstáculos. O que não posso e me pendurar (dizer que estou indo mas na verdade estou caída para um lado) não, isso não!

Fico a pensar com meus botões: um caminho apertado ainda cheio de estorvo, como seguir reto? Como ir sem desviar?

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Exatamente como diz o Salmista: Mil cairão à tua direita e dez mil a tua esquerda, mas tú não serás atingido.(Sl91:7). Os da minha direita me jogam pedras (devem ser aquelas que os filósofos diz pra juntarmos e construirmos um castelo), os da minha esquerda me jogam espinhos (aqueles que os enamorados tiram para as rosas entregar). E tentam me convencer a seguir outras trilhas, até me dão prova de que a imparcialidade em que vivo me faz uma julgadora.

Mas eu insisto em dar, mesmo trôpego, um passo de cada vez pois sei que um salto alto pode ser mortal. Eu insisto em ouvir os dois lados da história e dar a oportunidade de (re)conciliação. Eu insisto em pedir sorrindo um café por favor ( na verdade estou tentando deixar o café, mas eu peço por favor).

Eu sei que tropeço, e erro, e me engano, e engano, mas eu me debruço em lágrimas de arrependimento e na fraqueza do meu choro e na franqueza do meu sentimento encontro forças pra continuar sempre em frente sem me desviar, equilibrando: sem pender pra um lado nem pra outro, mas dando a mão para quiser andar comigo "em cima do muro".