Como quase tudo na vida, a percepção é interessantíssima de se observar. É sempre surpreendente ouvir as diferentes formas de ver e sentir a vida, o ambiente e as situações, por mais rotineiras que possam ser. Tente qualquer hora perguntar separadamente para duas ou mais pessoas o que acharam de determinada pessoa ou festa por exemplo, notará que a máxima: Um ponto de vista é apenas a vista de um ponto, é verdadeira.
Como a chatinha implicante que sempre fui, sempre que ouço a frase: "Ah, você perdeu. A festa estava ótima", automaticamente penso com um sorriso no cérebro: "Duvido muito que eu concordaria". A razão é muito simples, eu não gosto muito de gente suada e bêbada e/ou drogada encostando em mim sem autorização, me frusta ouvir os fleres e cantadas medíocres que os homens aplicam hoje em dia - fico com dó das solteiras, não gosto do tumulto para entrar, sair, estacionar, me deslocar e comprar qualquer coisa nestes locais, não gosto de dançar me batendo em outros seres humanos, que numa proporção relativa ao espaço disponível desafiam as leis de Newton - o cara jurava que dois corpos não ocupavam o mesmo espaço. Tadinho, essa foi desmentida faz tempo, mas como no tempo dele não havia transporte coletivo - vulgo busão, ele está desculpado.
Não podemos deixar de citar os caras inconvenientes que insistem em achar que porque uma mulher comprometida está sozinha numa festa, está, sem dúvida alguma, procurando companhia masculina para fins escusos. Ter que ser obrigada a dar satisfação para um desconhecido e explicar - de forma convincente, que só queria sair e dançar, isso em troca de que este indivíduo te deixe em paz, é um tanto quanto constrangedor. Eu não sei se é só comigo, mas provavelmente esse dito cujo que se encantará comigo, será o mais feio, bêbado e chato de toda a festa, ou sou muito feia ou tenho cara de desesperada.
E cuidado, fique atenta, enquanto você reúne toda sua paciência e educação nessa explanação, caso ele esteja sem o devido domínio de sua capacidade mental, há a possibilidade dele num gesto de atrevimento desloucado tentar te beijar, porque achou que você estava a fim. Só Deus sabe como ele chegou nessa conclusão enquanto você dava um fora nele. Recomendo a manobra evasiva do New, com selo Matrix de qualidade, desvia se inclinando para trás como se fossem balas, costuma funcionar.
Outro ponto interessante, o bar. Não sei quem faz as tabelas de preços nessas festas e coloca a venda as bebidas que pode ser encontradas num supermercado qualquer por cinquenta por cento daquele valor, com o dobro do preço mais impostos, mais taxas, mais cover artístico, mais dez por cento do garçom. Me vem a cabeça: " Será que entrei num prostíbulo por engano?". Sério, por aquele preço eu quero massagem nos pés e lap dance com um gogo boy lindo, sarado e cheiroso.
E por último o ritual de beleza necessário. Em primeiro lugar preciso de aviso com antecedência para iniciar o preparo do meu cabelo um dia antes. No dia, provavelmente minha roupa destoará do uniforme padrão das balada: vestido fechado a vácuo e curtíssimo, short ou saia curta e blusa do modelo de alguma atriz global, cabelão pranchado e liso, saltos altíssimos e maquiagem pesada.
Pobre de mim, até hoje não sei usar base, pó, corretivo e delineador - minha coordenação motora impossibilita o uso, não sei criar outro rosto sobre o meu usando esses artifícios femininos, saltos altíssimos - tenho e uso a contra gosto porque meu esposo é 22 cm mais alto, meu cabelo é curto e crespo, e minhas roupas são de acordo com meu humor, dificilmente são o último grito da moda. Chego por volta da meia noite nas festas e meu limite são as 2 ou 3 da manhã se estiver de pé.
As festas em casa, sua ou de amigos, são mais a minha praia, tem pessoas do seu círculo de amizade e interesses, segurança, diversão, comida e baixo custo. Essas sim me representam. Sou chata sim e me reservo o direito de não ir onde não gosto para agradar ninguém. Mesmo porque se eu for vou ficar com uma cara horrível de tédio, imaginando meu sofá, minhas pantufas e um bom livro. Não ia ser bom para ninguém, eu garanto.
http://estavaakipensando.blogspot.com.br/
Como a chatinha implicante que sempre fui, sempre que ouço a frase: "Ah, você perdeu. A festa estava ótima", automaticamente penso com um sorriso no cérebro: "Duvido muito que eu concordaria". A razão é muito simples, eu não gosto muito de gente suada e bêbada e/ou drogada encostando em mim sem autorização, me frusta ouvir os fleres e cantadas medíocres que os homens aplicam hoje em dia - fico com dó das solteiras, não gosto do tumulto para entrar, sair, estacionar, me deslocar e comprar qualquer coisa nestes locais, não gosto de dançar me batendo em outros seres humanos, que numa proporção relativa ao espaço disponível desafiam as leis de Newton - o cara jurava que dois corpos não ocupavam o mesmo espaço. Tadinho, essa foi desmentida faz tempo, mas como no tempo dele não havia transporte coletivo - vulgo busão, ele está desculpado.
Não podemos deixar de citar os caras inconvenientes que insistem em achar que porque uma mulher comprometida está sozinha numa festa, está, sem dúvida alguma, procurando companhia masculina para fins escusos. Ter que ser obrigada a dar satisfação para um desconhecido e explicar - de forma convincente, que só queria sair e dançar, isso em troca de que este indivíduo te deixe em paz, é um tanto quanto constrangedor. Eu não sei se é só comigo, mas provavelmente esse dito cujo que se encantará comigo, será o mais feio, bêbado e chato de toda a festa, ou sou muito feia ou tenho cara de desesperada.
E cuidado, fique atenta, enquanto você reúne toda sua paciência e educação nessa explanação, caso ele esteja sem o devido domínio de sua capacidade mental, há a possibilidade dele num gesto de atrevimento desloucado tentar te beijar, porque achou que você estava a fim. Só Deus sabe como ele chegou nessa conclusão enquanto você dava um fora nele. Recomendo a manobra evasiva do New, com selo Matrix de qualidade, desvia se inclinando para trás como se fossem balas, costuma funcionar.
Outro ponto interessante, o bar. Não sei quem faz as tabelas de preços nessas festas e coloca a venda as bebidas que pode ser encontradas num supermercado qualquer por cinquenta por cento daquele valor, com o dobro do preço mais impostos, mais taxas, mais cover artístico, mais dez por cento do garçom. Me vem a cabeça: " Será que entrei num prostíbulo por engano?". Sério, por aquele preço eu quero massagem nos pés e lap dance com um gogo boy lindo, sarado e cheiroso.
E por último o ritual de beleza necessário. Em primeiro lugar preciso de aviso com antecedência para iniciar o preparo do meu cabelo um dia antes. No dia, provavelmente minha roupa destoará do uniforme padrão das balada: vestido fechado a vácuo e curtíssimo, short ou saia curta e blusa do modelo de alguma atriz global, cabelão pranchado e liso, saltos altíssimos e maquiagem pesada.
Pobre de mim, até hoje não sei usar base, pó, corretivo e delineador - minha coordenação motora impossibilita o uso, não sei criar outro rosto sobre o meu usando esses artifícios femininos, saltos altíssimos - tenho e uso a contra gosto porque meu esposo é 22 cm mais alto, meu cabelo é curto e crespo, e minhas roupas são de acordo com meu humor, dificilmente são o último grito da moda. Chego por volta da meia noite nas festas e meu limite são as 2 ou 3 da manhã se estiver de pé.
As festas em casa, sua ou de amigos, são mais a minha praia, tem pessoas do seu círculo de amizade e interesses, segurança, diversão, comida e baixo custo. Essas sim me representam. Sou chata sim e me reservo o direito de não ir onde não gosto para agradar ninguém. Mesmo porque se eu for vou ficar com uma cara horrível de tédio, imaginando meu sofá, minhas pantufas e um bom livro. Não ia ser bom para ninguém, eu garanto.
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