A existência
A natureza humana tem a tendência de voltar-se ao sacrifício, a dor, a ansiedade, a insatisfação, ao sofrimento, a dependência psicológica do outro, a moralidade cultural, a dogmas e regras.
A premissa da existência é dotada de liberdade, de longanimidade, de benignidade, de mansidão, de domínio próprio, de paz, de alegria, de fé, amor.
A adaptação do homem em relação à sua existência considera como base o meio, os recursos encontrados no ambiente onde vive, os estímulos a que fica exposto enquanto se forma a consciência da sua individualidade
Quando há equilíbrio dinâmico entre as necessidades de um organismo e os recursos do meio onde vive, dizemos que há uma evolução.
Atualmente é razão de estudos a evolução humana partindo deste princípio acima citado.
Se a premissa da existência é dotada de liberdade, então o que acontece em nosso universo de considerações que nos prende a conceitos e nos torna aprisionados e confusos como que incapazes de mudarmos a nós mesmos?
Sendo a longanimidade uma herança natural da nossa existência, onde encontramos em nossas vivências as bases para a intolerância?
Considerando que benignidade, a ação de pensar o bem, é latente em nosso ser interno, porque preferimos o julgamento ácido do nosso semelhante?
A mansidão, sendo ela uma característica de unicidade, porque aprendemos escolher a individualidade, o isolamento, a possessividade como padrão?
Até que ponto temos consciência de que não precisamos ser reacionários da nossa vida uma vez que trazemos como premissa em nossa existência o domínio próprio?
Fala-se muito em paz, ela é traduzida por gestos a não violência, mas ainda não identificamos as razões humanas porque violentamo-nos uns aos outros em nome da paz! Como é possível manifestar paz se ainda nem aprendemos porque sentimos raiva de nós mesmos! Sim... porque cada vez que manifestamos esses sentimentos ao outro, é a nós que agredimos!
A alegria tornou-se o resultado da posse, do ter, a fé espiritualizou-se dentro de credos diversos e o amor, ah o amor, este caminha de boca em boca sem o reconhecimento de seu valor no mundo dos afetos.