APRENDAMOS COM A NATUREZA DO NOSSO PRÓPRIO CORPO

Que a natureza é fantástica, creio que não há quem, em sã consciência, discorde.

Devíamos nos espelhar mais na natureza, pois ela nos ensina muito. Os exemplos são infindáveis e os mais diversos.

Para melhor elucidar, vou citar uma de várias situações acontecidas comigo. Por sinal, trata-se de algo corriqueiro pelo que muitos já passaram e que, só a simples lembrança é capaz de causar calafrios, qual seja: dar uma martelada em um dos dedos, ou tê-lo pressionado por uma porta.

O resultado imediato é uma dor intensa, o aumento da temperatura do dedo afetado e o seu latejar por pelo menos dois longos dias.

O sangue fica aprisionado entre a unha e a carne, gerando uma terrível mancha escura.

Por outro lado, a natureza, em sua incrível capacidade de se reconstruir, vai-se encarregando de se recompor. A dor vai desaparecendo aos poucos, uma nova unha ressurge sob a mancha negra, expulsando lentamente a unha danificada, até que ela se desprenda por completo.

O organismo substitui a unha necrosada e tudo volta à normalidade. Tudo fica como antes, desaparecendo qualquer sinal da lesão sofrida.

Assim, no meu entendimento, convém que nos espelhemos na natureza, ao sermos injustiçados, ao sermos caluniados, ao passarmos por problemas financeiros, ao sermos acometidos por problemas de saúde, ao nos vermos às voltas por situações de difíceis soluções, permitirmo-nos receber os impactos e sofrermos em virtude deles. Procurar extravasar todos os sentimentos de tristeza, de raiva, de angústia e vivenciarmos todos os sintomas próprios da situação que, de uma forma ou de outra, foi-nos imposta.

Muitos de nós temos dificuldades em lidar com as perdas, temos dificuldades em aceitar os infortúnios, não conseguimos perdoar e isso nos causa sofrimentos desnecessários. Diminui a nossa qualidade de vida, tornando-nos pessoas amargas, deprimidas, sem energia para seguir adiante.

Contudo, transcorrido o tempo razoável, necessário se faz buscar novamente a situação de normalidade anterior ao fato, retomando o equilíbrio.

Soframos, briguemos, inconformemo-nos por determinado tempo, mas busquemos formas de eliminar tudo que não nos serve. Envidemos esforços no sentido de solucionar o que for solucionável e nos adaptemos ao que não somos capazes de mudar.

Enfim, é imperativo termos resiliência física e mental para nos recompormos e assim como a natureza, livrarmo-nos de todo mal.

Rafael Arcângelo
Enviado por Rafael Arcângelo em 02/07/2015
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