Violência na Escola


Agora danou-se tudo! Quando o médico no Rio de Janeiro foi assassinado pelo menor com uma faca, logo o governador sancionou uma lei que os parlamentares do Estado elaboraram, sem ter o que fazer de mais útil. É proibido portar faca nas ruas! Que lindo não é? Em vez de desarmar bandido, transforma toda uma cidade sob suspeita e marginais. Afinal quem não manipula uma faca? Quem não porta uma faca na bagagem quando viagem para uma casa em outro local. Difícil dizer quem não o faz. Esqueceram, ou não, de pensar que quem usa uma faca para matar alguém na rua, não é o cidadão honesto. É o marginal, e este não vai deixar de utilizá-la quando quiser e ainda mais sem a mínima resistência.

Edu Guedes, o cozinheiro, foi detido no Aeroporto porque portava faca em sua maleta. Ora, bolas! Que corte cebolas com os dedos, afinal tem de, nas mãos. Foi liberado depois, lógico, mas o constrangimento ficou. Ele, como bom moço, achou normal, não reclamou. Tudo certo no “Arraiá de Abrante”. Não acho normal e não queria estar na pele dele.

A seguir esses passos, então quando deram a pedrada na menina, deveriam dizer que todas as pedras estavam no caminho errado e precisavam ser excluídas da cidade.

Bom, assisti a um vídeo do autor do livro Mentiram pra mim sobre o Desarmamento e ele expondo suas ideias sobre a revisão da lei do Desarmamento concluiu, após o entrevistador, exibir uma reportagem de um acidente com arma de fogo, entre dois garotos, que brincavam com a arma do padrasto, que eles encontraram escondida em casa. O apresentador argumentou se não era o caso, mesmo, de manter a proibição das armas. Ele disse que então deveríamos tirar as piscinas de casa dos parques, pois lá também acontecem acidentes. Tirar o fogão da cozinha, o tanque, carros das ruas, porque num acidente morre alguém. O padrasto do menino foi preso por porte ilegal de armas. Já foi punido, perdeu o emprego e tudo que advir dessa situação.

Então, quando alguém for atacado por uma arma, faz-se uma lei para eliminar aquela arma e tudo está resolvido e esquecido. Parece, não é?

Mas armas podem ser qualquer objeto que esteja à mão no momento do ataque ou do conflito seja de rua ou doméstico: uma garrafa de cerveja, uma cadeira, uma concha de inox, um rádio atirado, um tijolo, um pedaço de pau e...sem fim. Tudo na natureza pode ser vir de armas. Até uma árvore para enforcar alguém, roupas, cinto, sapatos de saltos, nossa. Objetos sem fim e que nem todos podem ser retirados do alcance de quem quer praticar uma violência.

Diante das discussões dobre a redução da idade penal de 18 para 16, surge a discussão que a educação é a solução, que prisão não resolve, que os "meninos" precisam de escola. Pois bem. Acabo de ler no Facebook que um adolescente de 16 anos, agrediu, dentro da sala de aula, a professora com socos, pontapés e... CA-NE- TA-DAS, sim, canetadas. Objeto escolar que ele deveria usar para o seu próprio benefício serviu para atacar a professora que saiu muito machucada na cabeça, ombros. Ele foi "APREENDIDO", sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe quem vai responder processo? A professora porque não soube resolver o conflito, ou deu motivo, com sua intolerância, sua opressão, sua ação ditatorial. Ele segue impávido colosso, o herói, o bambambã. É isso o que acontece. E não é um caso ou outro, não. É constante. O caso aconteceu no Ceará.

Seguindo a linha de raciocínio dos deputados do Rio de Janeiro, agora é preciso tirar as canetas dos alunos. Não tirar o bandido de circulação. Veja como são as coisas. As coisas se desconstrói por si mesmo. Toda essa discussão sobre a necessidade de educação das "crianças infratoras" e dentro da escola a violência ocorrendo solta. Dois fatos me chamaram a atenção. Primeiro que não é verdade, mesmo, que os marginais precisam de escola. Precisam sim de cadeia. Ser presos. Se não aprende pelo amor, aprende pela dor. Quem é religioso sabe disso. Segundo que a segurança no trabalho, proteção à saúde, do professor não existe e nunca vai existir. Foi-se o tempo em que escola era local seguro para todos. Era chamado de TEMPLO DO SABER. Escola era local sagrado.

A esquerda transformou o templo num lugar de selvageria, com a ideologia do estudo sem disciplina. Não há lugar seguro se não existe o mínimo de disciplina inclusive ao redor, no entorno. Perto de escola era proibido ter um simples boteco, porque os alunos poderiam aprender a frequentá-los.

É preciso agir rápido para que essa ideologia não leve todos os alunos de roldão. E para tanto os pais devem ser chamados a cumprir com sua obrigação legal. Educar seus filhos. Ensinar-lhes bons modos, a moral, a religião, qualquer que seja, mas que ensinem os filhos o respeito ao outro. Não é a escola que deve fazer esse trabalho. Ela pode ampliar, colaborar. Professor não tem o pátrio poder, não pode interferir na família, nos valores familiares , no seu modo de ver a sociedade. O professor, tem limite de atuação. E esse limite pode ser medido pelo tamanho do braço. Onde ele alcança é o seu campo de atuação.

A constituição Federal no artigo 205 define que “educação é direito de todos e dever do Estado e da família para que seja promovida e incentivada, com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, preparo para exercício da cidadania e qualificação para o trabalho”.

A LDB, no artigo segundo, afirma: “A educação é dever da FAMÍLIA e do Estado, inspirado nos princípios da liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando e, seu preparo para o exercício da cidadania, e sua qualificação para o trabalho”.

O Código Civil, artigo 1634: compete aos pais com prioridade do gênero de instrução que será ministrada aos filhos menores e no inciso : dirigir-lhe a criação e a educação. Para tanto devem utilizar-se de todos os meios, métodos para cumpri-los: matricular os filhos em uma escola, ensiná-los em casa, ou qualquer outra forma.
A escola, (Estado) só será chamada se a família não quiser ou não puder educar os filhos.

Portanto, não há como tirar os pais da discussão. Eles devem, sim, retomar a educação de seus filhos. Mesmo que trabalhem, pois todos trabalham é preciso urgente que eles se preocupem com os filhos menores e não se desculpem no trabalho. Comparecer à escola só para reclamar da lição de casa ou só aparecer no fim do ano para saber se o filho foi aprovado ou não e caso aconteça a reprovação entra com recurso contra a decisão. Eles não estudam porque tem apoio em casa. Ficou claro nessa caso do Ceará, o mais recente, do dia 2 ou 3 de julho, que esses menores raivosos não querem educação, que atormentar a sociedade. Precisam é de educação familiar. Aprender limites, a tão cantada e decantada tolerância, respeito a tudo e a todos. Escola não ensina, complementa a educação familiar que já vem formada quando o aluno chega à escola. Ele já vem pronto. Com ou sem limites.

Solidarizo-me com a Professora, que num cenário de pobreza, ainda tenta ensinar esses bandidos. E querem colocar mais nas salas de aula. Deus as livre disso!
 
MVA
Enviado por MVA em 06/07/2015
Código do texto: T5301182
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