Palhaço

Obrigado por tão bela comparação

Realmente se o fosse, me orgulharia.

Divertiria crianças, adultos, adolescentes

O maior dos risos enxergaria

Tiraria os tensos semblantes

Um sorriso de uma criança não tem preço

O de um velho, que tanto sofreu pela vida

Ou de um jovem que ainda viverá

Uma vida inteira de buscas, de conceitos

De sonhos e tormentos, de angustias, dos amores

De tudo enfim, das falácias das prostrações,

Dos murmúrios, aos sons ouvidos, nos subúrbios

Nos casebres, nas choupanas, nos palácios

Nas construções, nos prédios, nos barracões

Nas escadas, nos porões, nas torres sem direção

Que sorriso é esse, que fica engasgado e torce o nariz

Pra sair, mostrando os dentes, talvez nem devesse

Escolher quem escolhesse, talvez se importasse

Total pelo desrespeito aqui dito

Fica o atrevido do não dito

A cada espaço da casa

Evoluo com suas críticas

Mesmo que não percebas ou admita

Grato por tão bela comparação

Sei que longe muito longe de ser verdade

Ainda apareço cabisbaixo, escutando tuas palavras

Tua versão da coisa, do cotidiano

Sei que não me engano

Por tudo que senti e conheço

Roberto F Storti
Enviado por Roberto F Storti em 17/06/2007
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