Meu nome é Inércia

Eu estava aqui o tempo todo, aceitando tudo quanto me diziam, tudo que faziam, sem questionar nem me perguntar, ouvindo falsas verdades, vendo como as pessoas não se importam umas com as outras, como mesmo quando podem lhe ajudar, tornam-se inertes. Porque tanto faz a dor do outro se não é o teu coração que sangra; se não são os teus olhos que derramam as mais dolorosas lágrimas; se não são os teus ouvidos que escutam o chorar de uma criança esfomeada.

Pouco importa ou tanto faz é o que tenho escultado ultimamente.

A inércia nos adotou e nós a abraçamos, a encostamos rente ao peito e a chamamos de mãe.

Somos ”forçados” a aceitar tudo porque nossos pais também aceitaram. Acreditamos em algo que não vemos nem sentimos porque no país da inércia, a música mais cantada é a ”Se Deus quiser.

Quézia Meira
Enviado por Quézia Meira em 09/07/2015
Reeditado em 16/01/2016
Código do texto: T5305395
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